Após reunião de mais de uma hora com o vice-presidente Michel Temer, ministros e senadores, o líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), afirmou que desistiu de incluir no relatório do projeto de lei que revê a política de desoneração da folha de pagamento um dispositivo para adiar a entrada em vigor das mudanças para 2016.

O governo trabalhou durante todo o dia de hoje para convencer Picciani a manter o texto original do Planalto, que prevê que a noventena para as novas alíquotas passem a contar a partir da sanção. Isso garantirá que o governo tenha alguma arrecadação com a revisão das desonerações já em 2015.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que já havia participado de reunião da vice-presidência mais cedo, retornou ao Planalto para selar o acordo. Picciani, no entanto, disse que, apesar dos apelos do governo, não recuará e manterá em seu relatório o escalonamento do aumento dos tributos.