Autor do pedido de CPI para investigar obra do Acquario Ceará, o deputado Audic Mota (PMDB) classificou como “artimanha absurda” instalação repentina de três outros grupos do tipo na Casa. “Ninguém aqui é moleque. Todo mundo viu o corre-corre hoje que foi para coletar assinaturas para esses grupos”, disse. Ele acabou batendo boca com Tin Gomes (PHS), que presidia a sessão.

Com as três CPIs da base, fica barrada, ao menos em futuro próximo, instalação do grupo para investigar o Acquario. “Esses três protocolos foram feitos hoje (nesta segunda-feira), que é o dia em que os deputados tiveram conhecimento desses grupos”, disse.

O deputado destaca ainda que duas funcionárias do protocolo da Assembleia haviam confirmado, no início desta semana, a inexistência de qualquer outro pedido de CPI feito neste ano na Casa. “Não pode fazer de conta que está enganando todo mundo. Use pelo menos um argumento válido, respeite as prerrogativas”, desabafou.

[SAIBAMAIS 1]Outro lado

Vice-presidente da Assembleia, Tin Gomes (PHS) reforçou que as comissões são legítimas e já haviam sido apresentadas desde março. Ele pediu que o PMDB apresente contestação contra as CPIs “por escrito” e chegou a mandar Audic “procurar ajuda”.

“Essa Casa não tem o costume político de Vossa Excelência. Essa Casa anda de forma lícita, não cabe a Vossa Excelência julgar ninguém. Vossa Excelência precisa procurar ajuda”, disse Tin. Ele afirmou ainda que pedirá auditoria na Casa para comprovar regularidade dos requerimentos.

Alegando ter sido agredido, Audic pediu réplica: "Costume político não tenho eu, o seu. Desequilíbrio não tenho eu, o seu. Desconhecimento não tenho eu, o seu (...) não aceito agressão, dedo em riste de ninguém", disse.