Mulheres da Islândia fazem greve por igualdade salarial e de cargos

Mesmo que o país ocupe a posição mais alta no mundo em relação à igualdade de gênero, mulheres fizeram greve esta semana chamar atenção para a causa

Mulheres da Islândia fizeram greve pela igualdade de salários e na carga de trabalho na última terça-feira, 24. O ato chamou atenção para as desigualdades remanescentes no país, mesmo que ele ocupe a posição mais alta no mundo em relação à igualdade de gênero.

Até a primeira-ministra da Islândia, Katrin Jakobsdottir, se juntou a outras mulheres no país e não convocou reuniões em seu gabinete e incentivou as colegas de trabalho a aderirem à greve.

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O protesto consistiu em fazer com que as mulheres parassem de trabalhar por um dia inteiro, para destacar dificuldades como a diferença salarial entre os gêneros, a carga desigual de trabalho doméstico não remunerado e a violência que ainda afeta desproporcionalmente as mulheres.

Islândia é o país mais igualitário do mundo em questões de gênero

Apesar de ainda ter que percorrer algum caminho, a Islândia é o país mais igualitário do mundo em questões de gênero considerando oportunidades econômicas, níveis de educação, cuidados de saúde e liderança política. O país mantém esse título há 14 anos.

Segundo o Fórum Econômico Mundial, o país registra 91,2% no índice que mede a igualdade de gênero, sendo que 100% denota plena igualdade.

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Para Sonja Yr Thorbergsdottir, presidente da federação de sindicatos do setor público na Islândia, igualdade salarial plena está muito longe de ser a realidade. Segundo ela, as razões para a disparidade de gênero são setores dominados por mulheres pagando salários mais baixos e as mulheres mais responsáveis pelo trabalho doméstico.

“Não é escolha das mulheres trabalhar menos horas do que os homens. É porque elas fazem mais trabalho não remunerado”, disse ela.

Mulheres da Islândia fazem greve por igualdade salarial: Ato repete feito de 1975

A greve de terça-feira foi a sétima em prol da igualdade de gênero nas últimas décadas. É a primeira desde 1975, quando 25 mil pessoas se reuniram para chamar atenção internacional.

Neste dia, 90% das mulheres abandonaram seus postos de trabalho. Escolas e teatros tiveram que fechar e a companhia aérea nacional cancelou voos. Foi uma demonstração da importância do trabalho das mulheres, fosse ele remunerado ou não.

 

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