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Rafinha: "Negar a pátria não combina comigo"

09:37 | 24/09/2015
Jogador do Bayern de Munique alega que pediu dispensa porque não se vê disputando uma vaga na seleção brasileira. Imprensa especulava intenção do lateral de jogar pela Alemanha, mas regra da Fifa impede troca. Depois de ter pedido liberação da seleção brasileira, o lateral-direito Rafinha desmentiu rumores que relacionavam a decisão a uma possível convocação para a tetracampeã Alemanha. Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (23/09) nas redes sociais, o atleta do Bayern de Munique declarou que não se vê disputando uma vaga no time de Dunga e que, por isso, abriu mão de defender o Brasil nas primeiras duas rodadas das Eliminatórias para a Copa de 2018. "Eu pedi liberação da Seleção porque não me vejo disputando uma vaga pela lateral, e não porque estou trocando o Brasil pela Alemanha", escreveu. "Eu não tenho e nunca tive contato com ninguém da DFB (federação alemã)." O jogador ainda lembrou que, nas Olimpíadas de 2008, chegou a entrar em conflito com o Schalke 04, clube que defendia na época, para defender a seleção olímpica do Brasil. Com o processo para obtenção do passaporte alemão em andamento, especulava-se que Rafinha seria convocado em breve pela Alemanha. Contudo, como apurou a DW Brasil nesta quarta-feira (23/09), o jogador estaria impedido pelo regulamento da Fifa de jogar pela tetracampeã mundial. Antes, Rafinha chegou a comemorar a convocação para os jogos contra Chile e Venezuela, que serão disputados nos dias 8 e 13, respectivamente. "Maravilha poder voltar a servir a Seleção Brasileira!", escreveu no Twitter o lateral logo depois da lista divulgada por Dunga, em 17 de setembro. Na terça-feira (22/09), porém, a CBF publicou um comunicado no qual informava sobre a decisão do lateral de não defender a Seleção e elogiava a transparência do jogador do Bayern. Em julho, Rafinha entrou com um pedido para adquirir o passaporte alemão. Há mais de uma década no país, o lateral do Bayern ainda espera a conclusão do processo, que deve ocorrer até o fim do ano. Se bem-sucedido, o brasileiro terá dupla cidadania. Logo após o anúncio da entrada nos papéis, a imprensa alemã especulou que Rafinha poderia se tornar o substituto de Philip Lahm na lateral direita da equipe do técnico Joachim Löw. Capitão do tetracampeonato, Lahm chegou inclusive a apontar o brasileiro como seu substituto na Nationalelf. "Consigo imaginar perfeitamente Rafinha na seleção alemã", disse Lahm, em agosto. "Ele tem muita classe, é lateral-direito e joga há anos em grande nível por que um homem com ele não pode ser uma opção para Löw?", acrescentou o colega de Bayern, que já havia anunciado, após a Copa de 2014, sua aposentadoria na seleção alemã.
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