UE negocia plano de cotas para imigrantes entre os países do bloco
O sistema proposto estabeleceria um limite máximo de refugiados para cada país na UE, baseando-se na população de cada um, nos níveis de emprego e em outros fatores. Os detalhes não foram revelados, mas a ideia geral é que, uma vez que o país atinja esse máximo, o imigrante em busca de asilo seja enviado a outros países.
Alguns dos membros, como Hungria, Eslováquia e Estônia, já se opuseram ao plano, o que significa que é improvável que ele seja aprovado sem importantes concessões. A Comissão Europeia, porém, vê a estratégia como crucial para forçar os 28 países da UE a mostrar solidariedade com Itália, Grécia e Malta, que recebem a maior parte dos imigrantes fugindo de guerras e da pobreza em nações como Eritreia e Síria e chegam à costa europeia após viagens perigosas pelo Mediterrâneo.
A ministra do Interior do Reino Unido, Theresa May, disse que seu país não faria parte de um sistema de cotas que encorajaria pessoas a arriscar suas vidas. O Reino Unido, a Irlanda e a Dinamarca, porém, já seriam isentos desse acordo, devido a prescrições especiais envolvendo os três.
A Comissão Europeia recomendará no fim de maio que 20 mil pessoas que atendam aos requisitos para receber asilo possam entrar no bloco e ser distribuídas entre os países membros.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu que a Europa aceite mais imigrantes e refugiados da Síria e do Iraque. Segundo ele, seu próprio país arca com a maior carga dessa crise de refugiados e já está abrigando cerca de 2 milhões de pessoas. Fonte: Associated Press.