Presidente do Burundi está de volta ao país, após tentativa de golpe
Nkurunziza se ausentou do país para participar de um encontro de lideranças regionais, na quarta-feira. Mais cedo, fontes do governo de Uganda haviam dito que ele estava em território ugandense, onde se reuniu com o presidente Yoweri Museveni.
Hoje, houve trocas de tiros na capital do Burundi, Bujumbura, com diferentes facções das forças de segurança lutando pelo controle da cidade. O líder do golpe, general Godefroid Niyombare, afirmava estar no controle, enquanto o chefe do Exército garantia que as tropas seguiam leais ao presidente e estavam retomando o controle da capital.
O Burundi vive semanas de distúrbios, com protestos contra o presidente. Niyombare disse que havia tomado o poder, enquanto o presidente estava na Tanzânia para o encontro de líderes de países do leste da África. Já o chefe do Exército, general Prime Niyongabo, disse que a situação estava sob controle.
Os protestos começaram após o presidente anunciar em abril que buscaria um terceiro mandato, apesar do impedimento para isso na Constituição. Mais de 50 mil pessoas fugiram do país, temendo a violência.
Também hoje, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas condenou os líderes da tentativa de golpe de Estado no Burundi e aqueles que cometem atos violentos contra civis nesse país. Os membros do Conselho de Segurança pediram que todas as partes parem de usar a violência e priorizem a paz e a estabilidade. Também defenderam o retorno rápido do Estado do direito e a realização de "eleições dignas de crédito", além de dizer que pretendem "responder aos atos violentos no Burundi que ameaçam a paz e a segurança". Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press.