Sindicatos dos nove estados do Nordeste não aprovam greve dos caminhoneiros

Resolução foi emitida por meio da entidade interestadual de transportador autônomos da região com consulta aos presidentes dos sindicatos do setor em cada um dos estados

13:34 | Fev. 01, 2021

Por: Alan Magno
A cada vez os preços de combustíveis acontece, a ameaça de greve surge (foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Sindicatos dos nove estados do Nordeste expressaram não reconhecer a autoridade das entidades que convocaram paralisação total dos caminhoneiros no Brasil. Em uma resolução emitida pela Federação Interestadual dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Cargas e Bens da Região Nordeste (Fecone), representantes da categoria concordaram em não aderir à greve, incluindo o Ceará.

Segundo nota da Fecone obtida pelo O POVO, foram consultados também os presidentes dos Sindicatos nos estados do Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. “Todos por unanimidade não aprovam nem aceitam este movimento”, frisa o documento. 

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Em entrevista ao O POVO, a secretária executiva do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos no Ceará (Sindicam-CE), Joana D’arque, confirmou a consulta feita pela Fecone e detalhou que houve uma reunião com todos os representantes estaduais da Região. Com relação à situação do Estado, na última quinta-feira, 28, a entidade já havia se posicionado contra a paralisação.

No documento assinado pelo presidente da Fecone, Eduardo de Oliveira e Silva, a entidade frisa reconhecer “a necessidade de avanços para a melhora dos transportadores autônomos de cargas”, mas destaca o diálogo, e não a greve, como estratégia adotada para reivindicar direitos. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, não houve registros de movimentação compatível com greve em nenhuma das rodovias federais do Nordeste

Decisão ocorre em consonância com expresso pela entidade de gestão superior dos sindicatos do setor, Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, que ainda no dia 20 de janeiro já se manifestava contra a paralisação dos caminhoneiros

Os recentes aumentos no preço do diesel e a demora no julgamento de constitucionalidade da lei do piso mínimo do frete pelo Supremo Tribunal Federal (STF) são os principais pontos de reivindicação que estruturam a convocação da greve.