PUBLICIDADE
Notícias

2016 não vai ser ano de descontrole inflacionário, diz Awazu

15:35 | 24/09/2015
O diretor de Política Econômica do Banco Central, Luiz Awazu Pereira da Silva, exaltou nesta quinta-feira, 24, a estratégia de política econômica adotada pela instituição até o momento. Segundo ele, apesar de ter havido alguma deterioração das expectativas para 2016 e para 2017, elas são pequenas frente ao tamanho da volatilidade observada recentemente. "É importante, depois de um ajuste de preço que foi significativo (IPCA de 2015), sermos capazes de mostrar para a sociedade que 2016 não vai ser ano de descontrole inflacionário, mas de convergência, e isso dá segurança para nossos cidadãos e empresários", argumentou. Segundo ele, mesmo com algum descolamento das expectativas em relação à meta, o objetivo do BC continua a ser o de levar o IPCA para 4,5% no fim do próximo ano.

Para Awazu, quando se olha a "big picture" da desinflação, vemos capacidade de ancorar expectativas de maneira robusta. Ele relatou que a maneira como as expectativas melhoraram para o período entre 2016 e 2019 mostram melhora da ancoragem. "Eu considero que temos feito um trabalho bastante importante para a sociedade, o de que não é a inflação passada que será a inflação futura. A inflação vai baixar significativamente", disse.

Awazu lembrou que, em julho, o País estava próximo de apresentar uma convergência da inflação para o centro da meta de 4,5% no ano que vem. "Estávamos próximos e tivemos um elemento negativo, que foi o aumento de prêmio de risco", afirmou. Segundo ele, o governo está resolutamente caminhando para que os efeitos de prêmio de risco excessivos possam ser revertidos. "Sendo eles revertidos, isso torna mais robusta e acerta a estratégia de política monetária que foi definida por nós, de manter os juros em 14,25% ao ano por período suficientemente prolongado, para colocar a inflação na meta ao fim de 2016", afirmou.

Ele afirmou que, caso a Cide seja elevada para gasolina, o repasse pode não ser integral para o consumidor. "De maneira geral, existe uma série de estudos sobre como, em determinadas situações, certos aumentos não são inteiramente repassados. Pode haver comportamento de margem, ligados a maior ou menor competição", observou.

TAGS