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S&P vê ajuste na rentabilidade e qualidade de ativos de bancos em 2015 e 2016

13:50 | 13/05/2015
A provável contração econômica em 2015 terá impacto sobre os bancos, que deverão passar por uma fase de ajustes nos próximos 12 a 18 meses - o que poderá ofuscar os recentes avanços na qualidade dos ativos e na rentabilidade do setor. A avaliação é da agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P), que em relatório atribui ao setor bancário do Brasil rating em moeda estrangeira BBB-/A-3 e em moeda local BBB+/A-2, ambos com perspectiva estável.

De acordo com a agência, nos últimos dois anos, os grandes bancos focaram em ativos mais seguros e menos cíclicos, o que deve lhes permitir resistir ao enfraquecimento da economia. Já os bancos médios que se concentram em empréstimos para pequenas e médias empresas e têm maior exposição aos setores cíclicos, destaca a S&P, devem sofrer significativas perdas de crédito, "o que poderia levar a rebaixamentos das avaliações de posição de risco de capital e ganhos desses bancos".

A S&P destaca que sua avaliação de risco do setor no Brasil considera a forte presença estatal no sistema bancário, "o que tem causado significativas distorções no sistema ao longo dos últimos anos, enfraquecendo a competitividade". Por outro lado, acrescenta a agência, a regulação do sistema financeiro no país tem melhorado, em linha com os padrões internacionais.

A S&P afirma que classifica o setor bancário do Brasil no grupo "5" de sua avaliação de risco do setor bancário de um país (Bicra, na sigla em inglês). Países como Colômbia, Panamá, Índia, Polônia e China recebem a mesma classificação que o Brasil neste setor.

De acordo com a agência, os riscos da economia brasileira refletem em seu baixo nível de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) per capita e na perspectiva de baixa expansão do país, que limitam a capacidade de endividamento das famílias e de resistência a crises econômicas. "Embora ainda significativo, o risco de

desequilíbrios econômicos tem diminuído nos últimos dois anos, diante da desaceleração no crescimento do crédito e dos preços de imóveis", comenta a S&P.

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