Brasil tenta destravar venda de aviões em visita de primeiro-ministro chinês
Em janeiro deste ano, a presidente Dilma Rousseff cobrou uma solução durante a visita do vice-presidente chinês, Li Yuanchao, que prometeu acelerar o processo. "As empresas aguardavam a autorização do governo chinês, o que já foi feito", informou o embaixador José Alfredo Graça Lima, subsecretário de Política II do Itamaraty. Nesta visita, deve ser anunciado o primeiro lote de 22 aeronaves para a Tianjin Airlines.
Essa, no entanto, é apenas uma pequena parte de uma visita em que devem ser assinados 36 acordos de tipos diversos, incluindo o que cria uma linha de crédito de US$ 53,3 bilhões para infraestrutura e deve financiar, entre outras obras, a ferrovia transoceânica, ligando a linha brasileira Norte-Sul ao oceano Pacífico, passando pelo Peru. "Dessa cifra de US$ 53 bilhões, um número muito próximo de US$ 50 bilhões se refere a financiamento de projetos novos, que ainda estão em estudo", afirmou o embaixador.
As áreas preferenciais dos chineses para usarem seus recursos incluem autopeças, equipamentos de transporte, energia, ferrovias, portos, estradas, aeroportos, estruturas de armazenamento, siderurgia - tudo o que possa facilitar o escoamento e a produção de matérias-primas de interesse do país.
Li Keqiang chega ao Brasil na próxima segunda-feira, 18, para uma visita na terça-feira, 19. Depois do Brasil, o primeiro-ministro chinês irá também ao Chile, Colômbia e ao Peru, onde um dos assuntos centrais também será a ferrovia transoceânica.