Só pensa no trabalho? Confira 7 dicas para evitar ser consumido pelo seu emprego
Se você pensa no trabalho 24 horas por dia e sete dias na semana, algo está errado! A psicóloga clínica Jessyka Herbster, da abordagem terapia cognitivo comportamental, dá dicas de como separar a vida social do trabalho e garantir mais saúde mental e física no cotidiano laboral
Dica 1
Fique atento aos sintomas
É verdade: o trabalho muitas vezes é estressante; mas pensar nos seus afazeres 24 horas por dia, sete dias na semana não é nada saudável. Principalmente se você manifestar os seguintes sintomas: apatia, tristeza profunda, alteração de apetite, dores de cabeça, sentimentos de insegurança, fracasso, pessimismo e desesperança.
“Costumo dizer que nosso corpo fala, muitas vezes através de sintomas físicos somatizamos o nosso emocional que está instável”, explica a psicóloga Jessyka. Se você tiver qualquer um dos sintomas acima, vale a pena prestar atenção nas dicas a seguir.
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Dica 2
Exercite o autoconhecimento
Apesar de estarmos habituados a nos definir pelo trabalho (por exemplo, apresentar-se como: eu sou jornalista), é sempre importante lembrar que nós somos muito mais do que fazemos. Por isso, a primeira dica da psicóloga é exercitar o autoconhecimento.
“Um indivíduo que conhece a si mesmo, tende a respeitar seus limites e dessa forma costuma encontrar equilíbrio em toda e qualquer relação. Consegue aprender a desconectar e recarregar a si mesmo”, explica. Meditação e escrever diários são alguns dos exercícios que podem ajudar no processo de autoconhecimento.
Dica 3
Alimente seus hobbies
Ter hobbies e dedicar tempo a eles é extremamente saudável. Do que você gosta? Ler, pintar, assistir séries, passear no parque, viajar… Identifique o que você ama e dê espaço para essas atividades durante suas folgas.
E lembre: um hobby é para se divertir. Não precisa monetizar o que você ama, nem ser necessariamente bom na atividade. O que importa é estar presente no momento, usufruindo de todas as sensações do seu querido hobby.
Dica 4
Tenha uma rede de apoio
Viver em comunidade também pode te ajudar a deixar o trabalho no horário comercial. Conviver com pessoas de outras profissões, falar sobre assuntos da vida, compartilhar dores e felicidades e ser acolhido nesses momentos — tudo isso garante um ambiente tranquilizador e propício para cuidar de você mesmo.
Dica 5
Promova um ambiente leve no trabalho
“Uma boa qualidade no ambiente físico, local confortável, com boa iluminação e ventilação, recursos necessários disponíveis. Isso por si só já contribui muito para melhora no cotidiano”, reforça Jessyka.
Afinal, se o objetivo é parar de pensar no trabalho, então é importante garantir que o ambiente laboral seja o mais leve possível. “Ambientes extremamente competitivos por si só são gatilhos adoecedores para alguns perfis de pessoas, então é importante estimular a solidariedade no dia a dia”, diz.
Dica 6
Estimule uma cultura empática
Essa dica é especialmente para as lideranças: estimule uma cultura de trabalho empática. Garanta que os feedbacks sejam respeitosos e com objetivo de crescimento profissional. Invista em flexibilidade, se o serviço e o perfil do colaborador permitirem. Tenha o hábito de valorizar a sua equipe. Ou seja: evite o adoecimento dos funcionários.
“Posturas corporativas muito rígidas em muitos casos geram adoecimento”, comenta a psicóloga. “Lideranças participativas costumam trazer êxito para toda equipe e bons resultados. Não podemos esquecer da valorização diária da equipe, isso cria um círculo de gratidão entre os profissionais e a organização, de modo que eles não apenas desejarão cumprir as atividades que lhe foram designadas, mas serão felizes e darão sentido para seus trabalhos.”
Dica 7
Procure ajuda psicológica
Se você já tentou de tudo e continua pensando no trabalho sem parar, a dica final é procurar ajuda psicológica. Pode ser que você esteja à beira de uma Síndrome do Burnout, o esgotamento mental causado pelo estresse crônico com o trabalho. “Ele se relaciona com a carga de trabalho intensa e prolongada, trabalho excessivo, e culturas tóxicas dentro dos ambientes de trabalho”, define Jessyka.
