Em 1951, o pampa gaúcho estava sendo mapeado por geólogos, em uma localidade chamada de Cerro Chato.
Lá, eles encontraram vários fósseis, especialmente de plantas, que foram então coletados e descritos.
Essas plantas fósseis eram evidências do final do período Permiano, quando ocorreu uma extinção em massa.
E foi uma grande extinção: 90% da vida na Terra foi dizimada por mudanças climáticas.
O sítio fossilífero era um tesouro. Mas, infelizmente, teve a localização perdida por 68 anos.
Isso porque os recursos tecnológicos da época dos pesquisadores não permitiam o referenciamento geográfico.
Reencontrar o sítio fossilífero Cerro Chato virou uma "caça ao tesouro" para muitos paleontólogos.
Principalmente pela relevância desses fósseis para a paleontologia mundial. Afinal, quem não quer estudar…
… os "testemunhos diretos das mudanças ambientais que ocorreram durante o período Permiano"?
E quem encontrou o tesouro foi uma força tarefa das universidades UFRS, Unipampa e a Univates.
Teremos a oportunidade de continuar essa história.
Mas onde está o sítio fossilífero perdido?
Na cidade gaúcha de Dom Pedrito, em uma fazenda.
A prefeitura de Dom Pedrito e os proprietários da fazenda apoiaram o resgate das escavações na área.
E o dono da fazenda, Celestino Goulart, comentou sobre o valor das pesquisas paleontológicas no local:
"Ajuda a entender as mudanças ocorridas no planeta e traz um significativo incentivo ao turismo na região."
Assim como o Cariri cearense, as terras gaúchas têm fósseis bem interessantes!
E para leituras mais completas, te sugerimos as reportagens do Mundo dos Fósseis:
E se você ama o Cariri, então a dica é ler o especial Cariri Pré-Histórico:
Catalina Leite
Fátima Sudário
Fernando Bozza | Divulgação
Release: Tesouro descoberto na Campanha Gaúcha: Paleontólogos redescobrem importante sítio fossilífero perdido por mais de 70 anos