Vez por outra você diz por aí que "a humanidade precisa acabar"?
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Nos momentos de raiva, você repete que "o homem é a origem de todos os problemas do mundo"?
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Se você respondeu sim a alguma dessas duas perguntas, vai entender com facilidade os argumentos antinatalistas.
O antinatalismo como posição filosófica remonta à antiguidade grega.
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Filósofos fundamentais para o pensamento ocidental, como Sófocles, escreveram sobre a questão
Em um de seus poemas, ele escreve: "Jamais ter nascido pode ser a maior dádiva de todas".
O conceito de antinatalismo viajou ao longo dos milênios e chegou ao nosso tempo, popularizando-se na Internet.
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Mas, afinal, o que é antinatalismo e o que essa corrente radical de pensamento diz sobre os dias de hoje?
Em resumo, antinatalismo é o pensamento de que todos os seres humanos não deveriam ter nascido.
Os mais radicais incluem nessa reflexão todos os animais sencientes: aqueles que são capazes de experimentar sentimentos.
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Diversas preocupações justificam a conduta antinatalista, que vem se tornando cada vez mais popular nas redes sociais.
A superpopulação do planeta é uma delas. Em 2021, a população mundial era de 7,8 bilhões.
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O número assusta, e o crescimento exagerado deve, segundo estudos clássicos, superar a oferta mundial de alimentos.
Antinatalistas também se queixam da destruição ambiental irreversível que o homem vem gerando. As perspectivas são trágicas.
Frente a tantos problemas, os antinatalistas defendem que a procriação é errada e que não deveríamos mais ter filhos.
O pesquisador J. Robbert Zandbergen, ligado à Universidade de Macau, na China, resume assim o antinatalismo:
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"Antinatalismo é a convicção de que a existência humana não é intrinsecamente mais valiosa que sua não-existência."
Embora possa parecer radical demais, o pensamento antinatalista ajuda a abrir nossos olhos para a situação do planeta.
E nos faz pensar sobre o que deixaremos para nossos filhos — se é que os teremos.
Jáder Santana
Fátima Sudário
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