É dia 12 de março de 1989, um domingo, quando os cubanos deparam-se com uma cena impossível.
O céu normalmente estrelado do país caribenho foi rasgado por luzes verde-azuladas.
Elas dançavam, reforçando que o impossível era realidade.
Afinal, as luzes daquele domingo eram, nada mais, nada menos, do que uma aurora boreal.
O que os cubanos não sabiam enquanto encantavam-se com o show astral é que as luzes…
… estendiam-se até o sudeste dos Estados Unidos, na Flórida.
O que poderia explicar o fenômeno deslocado? A aurora boreal ocorre apenas no círculo polar.
Nos EUA, apenas o Alaska é agraciado pela aurora, ao lado do Canadá, Finlândia, Groenlândia,…
… Islândia, Noruega, Rússia e Suécia. Mas ir tão longe quanto a Flórida e Cuba?
A estranheza continuou na madrugada do dia 13 de março de 1989…
… quando Quebec, a maior província canadense, ficou 12 horas em blecaute geral.
Os conspiracionistas já faziam seu trabalho: ora, 2 dias antes o sinal da Radio Free Europe…
… foi bloqueado na Rússia. Achavam que era ação do Kremlin! Tem mais:
O satélite de comunicação TDRS-1 da Nasa registrou mais de 250 anomalias…
… e o ônibus espacial Discovery apresentou problemas "misteriosos".
As opções eram muitas: alienígenas, uma conspiração mundial, o apocalipse! Mas a realidade era outra.
Tudo foi resultado de uma explosão solar descomunal, lançando ventos solares para a Terra.
A magnetosfera (o escudo pessoal da Terra) não pode absorver todos e então tudo desregulou.
Mas como ventos solares podem ser tão potentes? E como evitar que isso ocorra novamente?
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Catalina Leite
Fátima Sudário
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