Nem rosas, nem declarações: o Dia da Mulher nasceu e se transformou em meio à resistência feminina.
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As origens da data se mesclam entre greves nos Estados Unidos e na Rússia, além de um congresso em Copenhague.
Conforme a professora Nazaré Soares, coordenadora do Negif da UFC, as demandas se expandiram ao longo dos anos.
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No século XX, as discussões envolviam "questões econômicas e materiais, fruto da desigualdade de gênero".
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"Com o tempo, a luta foi ampliando as suas demandas, abordando questões mais amplas de direitos e saúde reprodutiva", analisa Soares.
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Quatro dias antes do 8 de março de 2024, por exemplo, uma questão de saúde reprodutiva virou manchete em jornais:
A França se tornou o primeiro país a definir o aborto como um direito constitucional.
"Estamos enviando uma mensagem a todas as mulheres: seu corpo pertence a você", disse o primeiro-ministro francês.
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Mas será que o posicionamento expresso pelo premiê Gabriel Attal é universal? É isso que Nazaré reflete:
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"Os feminismos muçulmanos, assim como os subalternos, há muito questionam alguns pressupostos do feminismo branco…
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"... que se advoga universal e salvador. Até onde vai a solidariedade se não reconhecemos as diferenças?".
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Soares destaca o tema do 8M (8 de março) para 2024 em Fortaleza: "Mulheres vivas do Brasil à Palestina".
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O ato unificado acontece na Praça do Ferreira a partir das 8 horas, reunindo diversos movimentos sociais.
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"Isso significa reconhecer que as experiências das mulheres não são uniformes e que algumas enfrentam…"
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"... múltiplas formas de discriminação simultaneamente", diz a professora.
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Se a luta das mulheres nunca parou, argumenta Nazaré, passamos por um momento de reconstrução.
Por isso, vale perguntar: qual a cara da mulher celebrada no 8 de março?
Penélope Menezes
Marcela Tosi
Núcleo de Estudos em Gênero, Idade e Família (Negif)