Quadrilha Paixão Nordestina apresenta adaptação de Gabriela, Cravo, Sanfona e Canela
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Trazendo como tema "Gabriela, Cravo, Sanfona e Canela", a Quadrilha Paixão Nordestina, do bairro Vila Manoel Sátiro, fez colorir a Praça Sérvulo Esmeraldo, na última noite de programação do Festival Vida&Arte. Fundada há 21 anos, a quadrilha - tricampeã estadual, bicampeã regional e campeã nacional, dentre outros títulos - apresentou ao público uma livre adaptação do romance do escritor baiano Jorge Amado, reunindo 44 pares de dançarinos, embalados a clássicos do cancioneiro nordestino e do período junino.
Usando e abusando de figurinos luxuosos e marcados pelo colorido de pedras, plumas e paetês, a quadrilha não deixou por menos no quesito animação, arrancando o aplauso de adultos e crianças. Cristina Mota, costureira e integrante da quadrilha, era uma das mais empolgadas antes mesmo do show propriamente dito. "Sou eu quem faço todas as roupas aqui da Paixão Nordestina. Estou nela desde 2008 e estou achando tudo maravilhoso, desde às 18 horas que a gente está pronto!", confessou.
Às 20 horas em ponto, o narrador anuncia: "Se ajeita, negada, que o espetáculo vai começar!". E foi mesmo. A troca de trajes foi um dos pontos altos da apresentação, bem como as coreografias, milimetricamente ensaiadas e bem diferentes do convencional. No repertório, desde canções como "Eu nasci assim, eu cresci assim...", associadas ao tema, até "Pagode Russo", "Chamá Maria" (Mestre Ambrósio), "Frevo Mulher" e "Que nem Jiló".
Ora em pares, ora separados, os dançarinos evoluíram e contaram, à sua moda, a história do romance, colocando em cena o cenário majestoso do bordel Bataclã e a antológica cena em que a protagonista Gabriela - interpretada pela bela Leiviane Jéssica - sobe no telhado em busca de uma pipa. A Paixão Nordestina é presidida por Erbínio Rodrigues e tem como "diva" a estonteante Maria Machado.