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Exposição em homenagem à vida e obra de Zé Tarcísio abre nesta quinta-feira, 26

Gratuitas, as visitações estarão abertas até novembro, de terça a sexta, das 9h às 19h (com último acesso até 18h30min), e sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (com último acesso até 20h30min)
22:08 | Jul. 25, 2018
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O Instituto Dragão do Mar abre nesta quinta-feira, 26, a exposição "Zé: Acervo de Experiências Vitais", em homenagem ao cearense Zé Tarcísio. A exposição, com caráter panorâmico, ocupará todo o Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC|CE), reunindo mais de 100 trabalhos entre pinturas, esculturas, instalações, fotos e vídeos. Iniciando às 18h desta quinta, segue em cartaz até novembro, com visitações gratuitas, de terça a sexta, das 9h às 19h (com último acesso até 18h30min), e sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (com último acesso até 20h30min).
 
Com curadoria do gerente do MAC|CE, Bitu Cassundé, e assistência de Cecília Andrade, a exposição decorre de um longo projeto de pesquisa, iniciado há quatro anos. Cassundé afirma que a ideia surgiu por ocasião da exposição “Carneiro”, que ocupou o Museu de Arte Contemporânea do Ceará em 2014, com uma sala em homenagem ao artista: “A partir daí, comecei a me aproximar mais do trabalho do Zé e fazer visitas constantes ao seu ateliê, o que despertou a minha curiosidade sobre alguns de seus trabalhos que estavam guardados há muito tempo, em mapotecas, alguns deles inéditos no Ceará e outros nunca apresentados”.
 
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Segundo Cassundé, a inspiração para o recorte vem da afirmação do próprio homenageado, durante entrevista, em 1969: “Tudo que vivi se incorporou, automaticamente, ao meu acervo de experiências vitais, estando de uma ou outra forma, expresso em meus trabalhos”. Zé: Acervo de Experiências Vitais traz obras do acervo do artista, de coleções particulares e de importantes acervos institucionais como o do Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, da Coleção do Museu de Arte Contemporânea do Ceará e do Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil.
 
Conforme os curadores, a exposição não se propõe a fazer uma retrospectiva, e sim apresentar uma mostra panorâmica que aponta para alguns eixos importantes no trabalho de Zé Tarcísio. As obras não estão organizadas de forma cronológica, a fim de não fragmentá-las pelo tempo. Ao contrário, a disposição das obras foi concebida para potencializar a vitalidade dos trabalhos e a sua capacidade de resgatar a tradição para refletir sobre o contemporâneo. Os trabalhos são agrupados por questões que se vinculam a signos muito recorrentes, a exemplo das pedras, apresentadas como metáfora do corpo e da paisagem. 
 
Trata-se de um conjunto de trabalhos que atravessam as questões do corpo e se projetam nas questões políticas que discutem o entorno, a ecologia, a preservação das dunas e uma natureza envolta pelo desejo. Algumas delas, criadas entre o final da década de 60 e o início da década de 70, apresentam grande carga política, como “Golpe” (1973), quando o artista esteve ligado a movimentos políticos e chegou a ter trabalhos apreendidos pela ditadura.
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Estão representadas várias séries do premiado artista, que iniciou sua atuação nas artes nos anos 1960 e segue produtivo até a atualidade. Constam trabalhos de técnicas e linguagens variadas, como desenho, pintura, gravura e escultura, apontando a versatilidade de Zé Tarcísio em seus 57 anos de produção em artes. “O talento de Zé Tarcísio não pode ser limitado. Embora a exposição privilegie o eixo das artes visuais, o recorte evidencia o perfil multifacetado do artista, que transita com muita fluidez entre diferentes linguagens artísticas, como cinema, teatro, cenografia e artes plásticas”, afirma a curadora assistente Cecília Andrade.
 
Na passagem entre os dois pisos do Museu, uma grande instalação formada por ex-votos, que Zé Tarcísio reúne desde os anos 50, toma a forma de instalação, fazendo referência à relação com o sagrado e à questão da graça alcançada. Em outra sala, ganha destaque sua passagem pela figuração pop, entre as décadas de 60 e 70. A mostra exibe ainda um percurso audiovisual da construção do projeto e da composição curatorial, permitindo ao público adentrar na instância mais processual de elaboração da exposição.
 
Ao longo da mostra, o público também pode conferir a reprodução de trechos de entrevistas dadas por Zé Tarcísio à imprensa. As falas do artista são utilizadas como guia para o percurso. Até novembro, os visitantes poderão ainda participar de oficinas e palestras que abordarão, através da relação de Zé Tarcísio com outras linguagens, o seu fazer artístico.

Serviço
Abertura da exposição “Zé: acervo de experiências vitais”
Data: 26 de julho 
Hora: 18h
Local: Museu de Arte Contemporânea do Ceará
Acesso gratuito
Visitações até novembro de 2018, de terça a sexta, das 9h às 19h (com último acesso até 18h30min), e sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (com último acesso até 20h30min).
 
Redação O POVO Online 

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