Cineasta brasileira aponta semelhança de filme dirigido por ela e vencedor do Oscar
Embora o caso tenha gerado um certo burburinho nas redes sociais, Lamas ressaltou que o mais importante é a reflexão que ambos os curtas proporcionam sobre a condição humana e o papel da tecnologia no cotidiano.
A cineasta brasileira Gabriela Lamas usou suas redes sociais nesta semana para divulgar seu curta-metragem Eu Não Sou um Robô, lançado há quatro anos e recentemente disponibilizado no YouTube.
Durante a divulgação, ela compartilhou sua perspectiva sobre as semelhanças entre sua obra e a produção belga Eu Não Sou Um Robô, dirigida por Victoria Warmerdam, que conquistou o Oscar de Melhor Curta-Metragem.
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Eu Não Sou um Robô: semelhança entre enredos
O curta de Lamas narra a história de uma personagem que, sozinha em casa, tenta passar por testes de Captcha – mecanismo utilizado para distinguir humanos de robôs. Ao falhar nos testes, ela começa a questionar a própria realidade, sendo levada a um diálogo filosófico com uma mosca sobre questões existenciais.
Já o curta belga, lançado em 2024, apresenta uma personagem com dilemas semelhantes após não conseguir completar o teste de Captcha, questionando sua própria natureza e identidade.
Eu Não Sou um Robô: outras coincidências nas cenas
Além das semelhanças no conceito central, Gabriela Lamas observou coincidências em outras partes do filme, como a montagem de cenas e os diálogos.
"No final do meu filme, a protagonista corta um dos seus dedos, enquanto no filme belga, a personagem principal se joga do terceiro andar de um prédio", destacou a cineasta, ressaltando que as semelhanças não se limitam ao enredo, mas também se estendem a aspectos dramáticos e visuais das produções.
Eu Não Sou um Robô: resposta da produção belga
Em resposta às críticas sobre as semelhanças, o produtor do curta belga esclareceu que o roteiro de Eu Não Sou Um Robô foi escrito por Victoria Warmerdam em 2019 e que o lançamento do filme foi adiado devido à pandemia.
Esse atraso no lançamento, segundo o produtor, pode ter influenciado a percepção pública sobre as semelhanças entre as obras.
Eu Não Sou um Robô: reflexão da cineasta brasileira
Embora tenha reconhecido as semelhanças, Gabriela Lamas minimizou a polêmica, acreditando ser possível que duas pessoas cheguem a ideias semelhantes ao mesmo tempo.
"Apesar da ironia dessa situação, acredito que é perfeitamente possível que duas pessoas tenham a mesma ideia ao mesmo tempo", afirmou.
"Mesmo sendo a criadora do filme, posso dizer que a ideia de usar o Captcha e nomear o curta como Eu Não Sou um Robô é algo bem acessível. Afinal, logo abaixo do Captcha, está escrito: 'Eu não sou um robô'.