Carnaval com data fixa? Entenda proposta do papa Francisco

Um comentário feito pelo papa Francisco ao encerrar missa no último sábado, 25, influenciou questionamentos sobre uma possível união de datas da Páscoa entre católicos e os cristãos ortodoxos. Caso a afirmação seja aceita, as celebrações do Carnaval podem deixar de ser móveis.

Em 2025, os calendários seguidos pela Igreja Católica Apostólica Romana (calendário Gregoriano) e a Igreja Ortodoxa (calendário Juliano) convergem, o que permitirá um feriado conjunto entre os religiosos.

Durante a missa que concluiu a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, o papa indicou seu apelo para que os dois grupos possam dar “um passo decisivo em direção à unidade em torno de uma data comum para a Páscoa”.

Mas qual a relação entre a proposta e o estabelecimento de uma data fixa para o Carnaval? Entenda.

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Carnaval com data fixa? Veja o que mudaria

Caso a Páscoa se torne uma data comum no calendário dos católicos e dos ortodoxos, o Carnaval e o Corpus Christi também passariam por alterações, tornando-se datas fixas. Isso porque ambos dependem do dia para o seu início.

Os festejos do Carnaval acontecem 47 dias antes da Páscoa, enquanto o dia de Corpus Christi acontece 60 dias depois.

Ao notar que, em 2025, a Páscoa aconteceria na mesma data para os calendários gregoriano e juliano, o papa Francisco afirmou a necessidade de “redescobrir as raízes comuns da fé” e “preservar a unidade”.

Neste ano, a celebração do período pascoal converge ainda com o Concílio de Nicéia, um momento histórico que objetivou a tomada de decisões importantes sobre os dogmas da Igreja e o estabelecimento de um consenso.

Até a publicação da matéria, não existem notas oficiais dos representantes eclesiásticos que oficializam a mudança, mantendo a questão apenas como uma possibilidade.

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Carnaval com data fixa: por que católicos e ortodoxos têm dias diferentes para a Páscoa?

A diferença entre as celebrações da Igreja Católica Apostólica Romana e da Igreja Ortodoxa tem origem na criação de um novo calendário promulgado pelo Papa Gregório XIII em 1582. Este pretendia corrigir os erros de seu predecessor, o calendário Juliano.

A decisão, registrada na bula papal “Inter gravissimas”, não impediu que a maioria das igrejas ortodoxas mantivesse a tradição de seus ritos eclesiásticos relacionada ao calendário Juliano.