Segurança no Carnaval: como evitar golpes digitais na data
Saiba como proteger os seus dados e se prevenir contra golpes e cibercrimes que podem acontecer com mais frequência durante as folias de CarnavalEstá pensando em curtir o Carnaval mas tem receio de sofrer algum golpe no meio da folia? A sensação não é exclusiva: estima-se que mais de 70% dos brasileiros já deixaram de aproveitar a data pela mesma apreensão.
A pesquisa, realizada pelo Serasa em 2023, também aponta que os golpes mais comuns na ocasião são clonagem do cartão de crédito e/ou débito (18%); compras usando dados do cartão de crédito e/ou débito (15%); e nome sujo com dívidas não reconhecidas (9%).
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Os foliões também não dispensam o celular. O objeto foi indicado pelos entrevistados como o mais comum em furtos ou roubos no Carnaval, com 48%. Em comparação, a perda do cartão de crédito e/ou débito é de 16%.
Então, o que é preciso fazer para evitar a exposição de dados pessoais no Carnaval e aproveitar as festividades? Confira as dicas a seguir.
Segurança no Carnaval: dicas de cibersegurança
“A regra básica é utilizar uma senha complexa para acessar o celular, preferindo sempre os recursos de biometria e reconhecimento facial”, destaca o diretor de resiliência cibernética da Accenture para América Latina, Marcus Bispo.
Habilitar a autenticação de dois fatores é outra dica para impedir que seus dados sejam vazados em caso de furto, roubo ou perda do aparelho eletrônico. Os recursos de proteção por senha ou por biometria de aplicativos e redes sociais também são recomendados.
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Exclua os aplicativos do banco antes da folia
O diretor completa que uma nova versão de sequestro relâmpago, onde as vítimas são obrigadas a desbloquear o aparelho e realizar transferências e/ou compras pelo aplicativo dos bancos é um perigo que deve ser levado em consideração.
“Por isso, se possível, remova os aplicativos de banco do aparelho ou, pelo menos, mantenha apenas de um banco com saldo baixo e limites reduzidos, visando minimizar potenciais prejuízos”, explica Bispo.
Segurança no Carnaval: caso de roubo ou furto
A regra de recursos de biometria e reconhecimento facial, além da autenticação de dois fatores, continua como recomendação. Mas, em complemento, o Governo Federal disponibilizou o aplicativo “Celular Seguro” para acelerar os processos de bloqueio do celular em caso de furto ou roubo.
Segurança no Carnaval: Wi-Fi gratuito? Melhor não!
“A primeira grande dica é evitar ao máximo o uso de redes Wi-Fi públicas, abertas e/ou gratuitas. Geralmente, o objetivo dessas redes é fornecer disponibilidade e não segurança, ou seja, são assumidos riscos para garantir que o público tenha um acesso fácil”, relata Marcus Bispo.
Caso realmente precise usar uma rede aberta na hora da folia carnavalesca, atente-se às recomendações a seguir:
1. Verificar se a rede é segura. Normalmente os dispositivos portáteis vão informar se a rede não conta com criptografia, o que significa que qualquer pessoa pode interceptar as informações que trafegam nessas redes em texto plano, sem nenhuma proteção, incluindo senhas, dados bancários etc.;
2. Usar um aplicativo de VPN para garantir o tráfego seguro de dados. Essa dica é mandatória para redes abertas e sem senhas de acesso;
3. Ao conectar em uma dessas redes, certificar-se de desmarcar a opção de conexão automática. Essa prática visa evitar que os aparelhos se conectem às redes “conhecidas” e que haja ciência da necessidade de conexão a uma rede, uma vez que requer a intervenção do usuário;
4. Desabilitar AirDrop ou outros mecanismos de compartilhamento de arquivos/fotos para evitar que atacantes enviem artefatos maliciosos para a vítima;
5. Desabilitar funcionalidades de compartilhamento de Internet para evitar acesso indevido. Em caso de real necessidade, usar uma senha de alta complexidade. Jamais deixar essa funcionalidade sem senha;
6. Para os usuários de Android, não instalar aplicativos de fora da loja oficial, pois estes não são verificados e auditados para garantir que não contém códigos maliciosos embutidos.
Segurança no Carnaval: como monitorar sua rede
A próxima sugestão vai para as empresas que desejam disponibilizar uma rede Wi-Fi para clientes e frequentadores. Nesse caso, o ideal é observar algumas regras básicas:
1. Desabilitar a opção WPS (Wi-Fi Protected Setup) que permite que “qualquer um” tenha acesso à rede;
2. Habilitar um protocolo de rede seguro, preferencialmente o WPA2 (Wi-Fi Protected Access) que, por padrão, conta com AES (Advanced Encryption Standard). Isso permite que os dados trafeguem de forma criptografada e segura na rede, dificultando o trabalho de um atacante;
3. Grande parte dos roteadores modernos já contam com filtros de segurança, sistema de detecção/prevenção de intrusão (IDS/IPS) e até mesmo firewall. Deixe as opções de segurança sempre habilitadas para garantir que a rede Wi-Fi atenderá aos padrões mínimos de prevenção às explorações maliciosas.
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