Mercado dos Pinhões: repertório aquém do Carnaval atrai poucos foliões
Sem tocar hits como "Zona de Perigo", de Léo Santana, "Ai papai", da Anitta, e "Cria da Ivete", de Ivete Sangalo, espaço público registra pouco público em tradicional polo da CapitalApesar da boa organização e do alto nível de segurança no entorno do Mercado dos Pinhões nesse primeiro Carnaval pós-pandemia, a seleção musical ficou aquém das expectativas para o público que ansiava por uma festa carnavalesca repleta de ritmos animados para compensar os dois anos sem folia.
Assim, as amigas Renata Fernandes, 29, arquiteta, e Cindy Cavalcante, 33, veterinária, usaram o espaço como "esquenta" para a festa no Aterro de Iracema. Ambas de Fortaleza, elas adoram Carnaval e estavam tristes por não terem aproveitado nos últimos anos uma festa tão animada, a melhor festa do ano.
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Para Cindy, esse ano é um misto de felicidade e emoção. "Achei bem tranquilo nos Pinhões e um pouco franco, tem muitas opções e aqui foi esquema para a Praia de Iracema", revela.
O folião Edvando Mendes, 37, designer de interiores foi aproveitar a segunda noite de Carnaval fantasiado de rabisco, inspirados nos desenhos infantis. Sempre gostou de Carnaval e foi difícil os dois anos de pandemia porque não tinha diversão nenhuma.
"Foram anos perdidos. Esse Carnaval estou achando fraco, mas gosto de ir e onde tiver folia eu vou", confessa Mendes.
Casais
Vestidos de mexicanos, o casal Ailton Barbosa, 59, motorista, e a esposa Maria de Fátima, 60, do lar, sempre estão nos Pinhões quando tem festa, pois se sentem mais à vontade. Ela mesma criou e confeccionou as fantasias.
"Mas a música este ano está mais fraca que das outra vezes e gostamos mais quando é dentro do espaço público do próprio Pinhões e não na rua", observa. Mas consideram que o importante é brincar com respeito e sem confusão.
Já os namorados Giselle Vidal, 30, gestora de pessoas e Elias Batista, 28, consultor administrativo vestem fantasias de rainha e rei de copas porque, segundo Giselle, são inovadoras e podem ser usada em par.
O casal gosta muito de Carnaval e sempre curte juntos as festas. Além dos Pinhões, frequentam o Aterrinho, a Gentilândia e o Maracatu na Avenida Domingos.
"Eu esperava um pouco mais das atrações por ter sido dois anos sem, mas estamos curtindo", confessa Giselle.
Comércio
Os empresários Rafael Santiago, 24, e Henrique Gonçalves, 46, donos da Budega dos Pinhões há dois anos, estão achando o Carnaval este ano bacana, após os anos sem devido à pandemia.
"É bom receber os amigos e ver as pessoas fantasiadas. A expectativa era alta para a temporada, mas registramos movimento abaixo do esperado por conta das atrações musicais escolhidas para esse Polo", comenta Rafael. Sua expectativa é que segunda e terça melhorem ainda mais a movimentação.
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