Carnaval em Paracuru 2023: folia atrai público e anima comercio

Criança, jovem, idoso. O retorno do Carnaval em Paracuru, um dos polos carnavalescos mais tradicionais do Ceará, fez gente de toda idade cair na folia. Após dois anos sem acontecer por conta da pandemia, o primeiro dia da festividade, celebrado neste sábado, 18, atraiu centenas de pessoas e acendeu a esperança de comerciantes locais.

Os foliões começaram a ocupar a cidade ainda no fim da tarde, para o tradicional mela-mela. Munidos de goma e sob o ritmo das atrações musicais que se apresentavam, eles se reuniram na Praça do Farol e na Praça da Matriz.

A criançada foi quem mais se divertiu com a brincadeira. Silvana Inocêncio, 38, sempre passa Carnaval em Paracuru e traz a filha e a sobrinha. "Elas sempre vem, elas adoram por conta desse mela-mela", conta a micropigmentadora.

Já Camila Fernanda, 28, veio com a família curtir o Carnaval pela primeira vez na Cidade. Ela trouxe os filhos para brincar de mela-mela na praça. "Estou achando ótimo", conta.

Além da criançada também era possível observar jovens e idosos no local, a maioria em família ou com amigos. Havia ainda muitos casais em meio a multidão que se formava.

Guilherme Albuquerque, 25, e a esposa Larysse Albuquerque, 20, era um deles. "Grávidos" do primeiro filho, o casal caiu na folia e exibiu muito romance.

" É uma alegria imensa (poder voltar ao Carnaval) Passar dois anos sem Carnaval...Deus é mais", diz Guilherme.

Retorno anima comerciantes locais

O retorno da festividade carnavalesca animou comerciantes da cidade, principalmente os vendedores que costumam trabalhar nesse tipo de festejo. Oneide Silva, 34, trouxe o seu carrinho de pipoca para a festa na esperança de conseguir aumentar a renda, já que passou dois anos sem conseguir vender por conta das restrições da pandemia.

A comerciante inicialmente achou o movimento fraco, em comparação aos anos anteriores, mas ao longo da noite o número de foliões aumentou. Por volta das 18 horas a Praça do Farol já estava lotada de pessoas.

Teresinha Mendes, 75, montou a sua barraquinha de comida na festa com otimismo. Moradora de Paracuru, a vendedora costuma trabalhar no Carnaval desde 1996.

Durante a pandemia, ela precisou contar com a ajuda de terceiros para se manter. "Foi ruim porque essa pandemia trouxe muita coisa ruim, a gente ficou sem trabalhar (...) O Carnaval traz muita alegria e renda pra gente, principalmente pra gente da cidade. O município precisa", desabafa.