"Não há beijo 100% seguro": especialista alerta para transmissão de doenças

Entre as doenças, o odontólogo destaca a mononucleose, também conhecida como doença do beijo, que é transmitida pelo contato com o vírus Epstein-Barr

15:17 | Fev. 17, 2023

Por: Marcela Tosi
O beijo é um grande aliado na jornada pelo prazer sexual, segundo especialista, e pode ajudar no orgasmo (foto: AdobStokc)

O Carnaval está começando e, durante as festas, muitas pessoas curtem bloquinhos de rua e festas trocando inúmeros beijos na boca. Entretanto, o que muitos se esquecem é que é preciso ter cuidados com a saúde bucal. Bactérias, vírus e fungos que estejam presentes na saliva podem ser transmitidos pelo beijo e causar doenças.

"Não há beijo 100% seguro e quanto mais as pessoas beijam bocas diferentes, maiores as chances de contrair algumas doenças", explica o odontólogo Jonas Idelfonso em entrevista ao jornalista Farias Júnior, na rádio CBN Cariri.

Ildefonso ressalta que "existem alguns cuidados básicos que são importantes na hora da folia". "O primeiro ponto é estar com as vacinas em dia, porque muitas dessas doenças podem ser amenizadas quando estamos com o calendário vacinal em dia", diz.

O odontólogo aconselha ainda, que caso apresente algum sintoma de irritação na garganta, troque a escova de dentes por uma nova. "Lembrando que ela é de uso individual, não deve ser compartilhada", enfatiza.

Entre as doenças, o especialista destaca a mononucleose, também conhecida como doença do beijo, que é transmitida pelo contato com o vírus Epstein-Barr. "Muitas vezes ela é associada com uma irritação na garganta, uma amigdalite, um inchaço no pescoço, manchas brancas na garganta. É preciso ficar atento a esses sintomas, para não disseminar a doença", aponta.

Ele alerta que a mononucleose geralmente é transmitida entre pessoas com idade de 15 a 25 anos. "Os sintomas sintomas geralmente são semelhantes aos de uma gripe forte, mas ela também pode causar inchaço no fígado e no baço."

Ildefonso cita ainda o sapinho, a sífilis, a gripe e a Covid-19 como doenças para se tomar cuidado.

"Outra doença para ficar atento é a herpes labial. Geralmente, começa com uma coceira ou ardência no lábio. Depois surgem algumas bolhas, que vão crescendo e formam uma ferida", descreve. "É comum que o primeiro contato com o vírus tenha sido na infância, pelo compartilhamento de copos ou talheres, e ele reaparece na fase adulta diante de um momento de imunidade baixa, estresse, fadiga física ou mental."

A fase de maior transmissão da doença é quando as bolhas estouram. "Se você está na fase aguda, com as bolhas, evite beijar outras pessoas. Uma vez que você pega o herpes, não tem cura. São picos de idas e vindas", completa o especialista.