80 anos de Elis Regina: 5 músicas para além de 'Como Nossos Pais'

Nesta segunda-feira, 17, seria comemorado o aniversário da cantora Elis Regina, nascida em 17 de março de 1945. A artista de voz meio-soprano que elevou os padrões da música popular brasileira, deixou seu legado na arte nacional também por sua personalidade autêntica, firme, intransigente e ousada.

Nascida em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Elis Regina morreu em decorrência de uma overdose aos 36 anos de idade, em 19 de janeiro de 1982, em São Paulo. Ela teve três filhos: Maria Rita, João Marcelo Bôscoli e Pedro Mariano.

Aos 16 anos, Elis foi para o Rio de Janeiro, onde gravou seu primeiro LP, o "Viva a Brotolândia", pela gravadora Continental, em 1961.

Ela chegou a gravar mais dois LPs pelo selo, porém, foi por volta de seus 20 anos que a cantora começou a alcançar a fama. Então, em 1964, ela decide se mudar definitivamente para a capital carioca.

Durante sua carreira, Elis passou por vários estilos. Iniciou nos programas de rádio de Porto Alegre ainda na infância, depois gravou rocks juvenis e boleros, passando pelo samba até se consagrar na sigla MPB nos anos 1970.

Em 2013, a cantora foi eleita a "melhor voz feminina da música brasileira" pela Revista Rolling Stone. Além disso, esteve presente na 14ª posição da lista dos maiores artistas da música brasileira, sendo a mulher mais bem colocada.

Entre os hits mais conhecidos da cantora gaúcha está “Como Nossos Pais”, composta pelo músico cearense Belchior. Entretanto, a “Pimentinha”, como era conhecida, reúne outras interpretações que se mantêm populares até hoje.

Confira cinco interpretações de Elis Regina:

"Águas de Março"

A faixa do album “Elis & Tom”, de 1974, é composição de Antônio Carlos Jobim, conhecido como Tom Jobim. Atualmente, é a mais ouvida de Elis Regina no Spotify. A composição é marcada pela essência do fim do verão brasileiro e pela chegada das chuvas de março que anunciam o outono como renovação de ciclo.

"Tiro ao Álvaro"

Ocupando a terceira colocação como música mais ouvida do Spotify de Elis, a composição é interpretada por ela e por Adoniran Barbosa, que também participou da composição da música com Osvaldo Moles. “Tiro Ao Álvaro” faz parte do disco póstumo da cantora, “Vento de Maio”, de 1998.

"O Bêbado e a Equilibrista"

Composta por Aldir Blanc e João Bosco, a canção interpretada por Elis faz parte do disco “Essa Mulher”, de 1979, e foi representada como um símbolo de resistência e esperança durante o período da ditadura militar no Brasil.

"Maria, Maria"

A canção presente no disco “Elis Por Ela”, de 1980, é uma composição de Fernando Brant e Milton Nascimento, e ocupa o oitavo lugar no perfil da cantora no Spotify. A letra da canção evoca reflexão sobre a força feminina e a resiliência humana como um hino de força e coragem, especialmente para as mulheres brasileiras.

"Madalena"

“Madalena”, faixa do disco “Ela”, de 1971, conta com a composição de Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza. A interpretação de Elis Regina despertou curiosidade da cantora e compositora estadunidense Ella Fitzgerald, que gravou “Madalena”, em 1972.

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