Millie Bobby Brown: "Alcancei 1M de seguidores por causa dos brasileiros"
Millie Bobby Brown estrela "The Electric State", na Netflix, e fala em entrevista ao O POVO sobre a nostalgia dos anos 1990 no novo filme e sobre o feito de 1 milhão de seguidores
Protagonista de filme de ficção científica lançado pela Netflix, a atriz Millie Bobby Brown desembarcou no Brasil para agenda de eventos relacionados à obra. Além de subir em um trio elétrico nesta sexta-feira, 14, ela integrou série de entrevistas, junto com os diretores Anthony e Joe Russo. O POVO participou dos momentos.
Intitulada “The Electric State”, a produção é ambientada em versão alternativa dos anos 1990 após revolta de robôs. A obra acompanha Michelle Greene, jovem órfã que se aventura pelo oeste americano em busca de seu irmão mais novo. Em sua companhia, um robô inspirado em um desenho animado e um contrabandista com seu fiel escudeiro.
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Em mesa-redonda em um hotel em São Paulo com O POVO e outros veículos de imprensa, a também atriz de “Stranger Things” compartilhou sua preparação para viver Michelle, a importância de mais histórias no audiovisual protagonizadas por mulheres, sua relação com o Brasil e como se sente ao interpretar personagens de épocas nas quais não viveu. Ela também falou sobre a importância do público brasileiro para alcançar 1 milhão de seguidores.
“Gosto de assumir papéis que parecem fora da minha zona de conforto”, afirma. Na noite desta sexta-feira, 14, Millie Bobby Brown subiu em um trio elétrico para Carnaval promovido pela Netflix. A festa foi fechada para fãs e convidados.
Millie Bobby Brown: “Adoro colocar mulheres no centro das histórias”
Em “The Electric State”, o público se depara com destaques para a relação familiar entre Michelle e seu irmão. Além disso, os personagens percorrem, ao longo de suas jornadas, caminhos de autodescoberta.
Para Millie Bobby Brown, viver Michelle foi uma experiência inédita na carreira. A atriz pontua como ficou interessada em “trazer à vida alguém que lidou com imensa perda e tristeza” e como seu arco é importante para o amadurecimento no enredo.
Nesse sentido, ao resgatar papéis anteriores, percebe seu apreço pelo protagonismo feminino no audiovisual. “Adoro colocar mulheres na frente e no centro das histórias, para que garotas ao redor do mundo se inspirem e se motivem a serem heroínas em suas próprias vidas e em suas próprias histórias. Acho que é isso que me atrai. Isso e trabalhar com os Irmãos Russo (risos)”, afirmou ao O POVO.
Conhecida principalmente por sua atuação como Eleven na série “Stranger Things”, quando ainda era criança, a hoje adulta Millie Bobby Brown também reforça que escolhe papéis cujas histórias ajudem a inspirar outras pessoas.
Além disso, foca em narrativas que ponham mulheres como protagonistas. “As mulheres podem liderar histórias, especialmente as jovens. A Netflix sempre me deu a oportunidade de estar no centro das histórias, e eles confiam em mim, acreditam em mim, como acreditariam em um homem. Isso é algo muito raro, então me sinto muito sortuda por poder trazer essas histórias à vida como uma mulher”, enfatizou à mesa-redonda.
Millie Bobby Brown: Nostalgia de um tempo não vivido
O filme resgata a atmosfera dos anos 1990 a partir das músicas selecionadas para a trilha sonora e dos eletrônicos que surgem nas cenas. Curiosamente, Millie Bobby Brown está acostumada a trabalhar em produções que remontam a décadas passadas e quando ainda não era viva (a atriz nasceu em 2004).
Ao O POVO, ela falou sobre esse aspecto que tem marcado sua carreira e destaca que essa é uma possibilidade que a tira de sua zona de conforto.
“As pessoas gostam de assumir papéis que as deixam confortáveis, mas eu gosto de assumir papéis que parecem fora da minha zona de conforto, coisas que não conheço, porque isso me ensina e me educa. Eu não sei tudo sobre os anos 1990, ainda estou aprendendo. Então, para mim, mergulhar em uma história que não conheço, que não tenho familiaridade com a nostalgia dos anos 1990… é algo que gosto de fazer para aprender”, pontua.
Millie Bobby Brown: Filme expande conversas sobre inteligência artificial
Em "The Electric State", além de relacionamentos familiares, destaca-se a relação entre humanos e inteligência artificial. Para Millie Bobby Brown, o filme consegue expandir essas discussões, tão relevantes atualmente.
“É ótimo que esse filme tenha sido lançado agora, porque essa conversa é muito maior que o filme. Mas nossa esperança é que ele ajude o público a questionar o que é a realidade e quanto tempo eles estão gastando com a tecnologia”, afirmou.
Ela complementou: “Para a minha geração, espero que eduque sobre conversas que vão além do filme, para que fiquem informados, assistam às notícias e entendam o que está acontecendo. Está acontecendo. Então, se pudermos fazer algo para ajudar com limites e proteger áreas do mundo que deveriam ser usadas apenas por humanos, acho que isso é importante”.
Millie Bobby Brown: “Alcancei um milhão de seguidores por causa dos brasileiros”
Millie Bobby Brown tem sido reverenciada como uma das atrizes mais populares da nova geração, especialmente no Brasil. A artista, que subiu em trio elétrico nesta sexta-feira, 14, destaca seu amor pelo País.
“Amo o Brasil! Já estive aqui antes, na verdade fiz uma turnê pela América do Sul e pude explorar essa região tão linda. Mas amo estar aqui. A maior parte da minha base de fãs está aqui, o que as pessoas não acreditam. Meus fãs brasileiros são tão dedicados, estão comigo há quase dez anos”, declarou à mesa-redonda.
Ela também citou um fato curioso: “Alcancei um milhão de seguidores por causa dos meus fãs brasileiros. Então, sou muito sortuda e feliz por estar de volta, trazendo esse filme e podendo celebrar coisas como o Carnaval e outras atividades que faremos mais tarde. Eles estão celebrando a mim, mas agora eu também posso celebrar a cultura deles. Sou muito sortuda por estar aqui e muito animada”.
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