Marina Lima fala sobre morte do irmão: 'Faz parte da obra dele'
A cantora Marina Lima participou do programa Altas Horas e relembrou sua reação após decisão de Antonio Cícero pela morte assistida
A cantora Marina Lima falou sobre a morte assistida de seu irmão, o escritor e compositor Antônio Cicero, em outubro de 2024, aos 80 anos. O intelectual, imortal pela Academia Brasileira de Letras, havia sido diagnosticado com Alzheimer e optou por terminar sua vida em um procedimento legal na Suíça.
"Há pouco tempo, o Cícero escolheu um procedimento que no Brasil não é permitido, mas que em países desenvolvidos como a Suíça e a Holanda é: a morte assistida. Ele decidiu controlar a hora de sua partida. De certa forma, a morte dele faz parte da obra que ele construiu ao longo da vida. Ele não queria viver sem memória, depois de ter vivido de forma tão brilhante por 80 anos”, explicou a cantora.
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No palco do programa Altas Horas, Marina também confessou sobre os sentimentos que a decisão lhe causou: “Como irmã, foi difícil, mas entendo a escolha dele.”
Ela também aproveitou a oportunidade para reverenciar o trabalho do irmão, compositor de algumas de suas músicas: "Ele compôs a maioria dos sucessos que gravei, que eu canto".
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Quem foi Antonio Lima, compositor e poeta brasileiro?
Nascido em 6 de outubro de 1945, no Rio de Janeiro, Antonio Cicero é conhecido por seu trabalho na filosofia, poesia e na Música Popular Brasileira (MPB).
Em 2017, ele foi eleito para a cadeira de número 27 da Academia Brasileira de Letras, substituindo Eduardo Portella. Ele tomou posse em 16 de março de 2018.
No MPB, Cicero foi o compositor de várias das músicas da irmã Marina Lima, como os sucessos “Fullgás“, “Pra Começar” e “À Francesa“. Ele também fez parcerias com nomes como João Bosco, Orlando Morais, Adriana Calcanhotto e Lulu Santos.
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