Silent Hill 2: Impressionante como nunca, aterrorizante como sempre

Remake do clássico "Silent Hill 2" combina narrativa psicológica impactante, gráficos impressionantes e som imersivo, mas sofre com ritmo lento e desafios prolongados

"Silent Hill 2 (Remake)" é uma verdadeira e aterrorizante homenagem ao clássico de 2001, combinando elementos nostálgicos e uma modernização cuidadosa. Desenvolvido pela Bloober Team, o jogo mantém a essência psicológica e aterrorizante da obra original, enquanto atualiza gráficos, som e mecânicas para atender às expectativas de jogadores contemporâneos.

A história de James Sunderland continua sendo o ponto alto. Seu mergulho em temas de luto, culpa e trauma é profundo e emocionalmente impactante, lembrando obras como "The Last of Us" em termos de densidade narrativa. O remake introduz dois novos finais, enriquecendo a rejogabilidade para os fãs que buscam explorar todas as possibilidades. No entanto, o ritmo do jogo sofre com a extensão da campanha, especialmente em seções que envolvem backtracking e enigmas que parecem existir apenas para prolongar a duração.

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Os controles do remake são bem adaptados à perspectiva em terceira pessoa, com James Sunderland apresentando movimentos mais fluidos e precisos em comparação ao jogo original. O destaque fica por conta do botão de esquiva, que adiciona uma camada estratégica ao combate contra os monstruosos habitantes de "Silent Hill". No entanto, essa funcionalidade pode simplificar certos confrontos para jogadores experientes. Para uma experiência mais equilibrada, ajustar a dificuldade do combate e dos enigmas separadamente é uma excelente opção, permitindo maior personalização. A movimentação é intuitiva, mas exige atenção constante, já que o mapa não pausa o jogo, o que pode deixar momentos de exploração ainda mais tensos.

Visualmente, "Silent Hill 2" impressiona. Utilizando a "Unreal Engine 5", o jogo apresenta ambientes de tirar o fôlego, com iluminação volumétrica e um uso magistral de neblina que amplifica a sensação de isolamento e mistério. No entanto, a escuridão excessiva em algumas áreas pode dificultar a apreciação dos cenários meticulosamente detalhados. O design dos monstros, como o icônico Pyramid Head, foi atualizado de forma assustadoramente realista, mas nunca perdendo a fidelidade ao material original.

O som é um dos maiores triunfos do remake. A trilha sonora de Akira Yamaoka retorna com novas camadas de tensão e melancolia, enquanto os efeitos sonoros, como passos e rangidos, criam uma atmosfera opressiva. A utilização do controle DualSense do PS5, emitindo estática pelo alto-falante integrado e vibrando em momentos-chave, aumenta ainda mais a imersão.

"Silent Hill 2 (Remake)" é uma experiência imperdível para quem deseja se aprofundar em um dos maiores clássicos do survival horror, mas requer paciência em algumas de suas escolhas de design. O jogo combina controles modernos, gráficos impressionantes e uma trilha sonora envolvente para revitalizar o clássico de 2001. Embora a escuridão excessiva e o ritmo prolongado possam incomodar, o jogo preserva a narrativa emocional e a atmosfera opressiva que o tornaram um marco do survival horror, agradando tanto veteranos quanto novos jogadores.

Davi Rocha é integrante do canal de Youtube Bacontástico

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