Fotofestival Solar encerra edição com show da Letrux e público cheio

Com encerramento neste domingo, 15, penúltimo dia do Fotofestival Solar foi marcado por engajamento do público e show que lotou a Estação das Artes

A terceira edição do Fotofestival Solar chega ao fim neste domingo, 15, após reunir exposições de fotografia com lançamento de fotolivros e programações musicais ao longo de cinco dias.

Realizado pela Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult) e pelo Instituto Mirante de Cultura e Arte, o Fotofestival Solar propõe multiformatos artísticos que evidenciam a fotografia documental como importante ferramenta de compreensão do Brasil e dos países vizinhos.

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No sábado, penúltimo dia de evento, ocorreram importantes lançamentos de obras na Pinacoteca do Ceará e show da cantora carioca Letrux, que se apresentou na Estação das Artes. Segundo integrante da coordenação do Fotofestival Solar, Iana Soares, todas as atividades promovidas neste ano pelo festival foram um “sucesso”.

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Fotofestival Solar: fotografia para entender o mundo

“A gente está tendo um público muito bom para todos os momentos. O festival está sendo bem frequentado por gente de dentro e de fora do Estado", afirma a coordenadora do Fotofestival Solar, Iana Sores. "Como destaque, nós temos as exposições coletivas, que reúnem um grande número de artistas e que chamam a atenção das pessoas durante todo o evento."

Iana também destaca que o evento é um espaço que convida o público a ampliar o olhar artístico: “A música atrai muita gente, que, por meio de uma Letrux ou da Ana Frango Elétrico, acaba conhecendo quase 300 artistas brasileiros e internacionais que estão produzindo arte por meio da fotografia”.

“É muito legal imaginar que o campo cultural conversa entre si para que a gente amplie nossa percepção e entendimento sobre o mundo. Isso ajuda as pessoas a entenderem mais da própria vida, sobre o país onde mora e sobre as relações que ela constrói”, complementa.

Confira galeria do Fotofestival Solar:

Para a visitante Paula Lima, o evento conquista pela possibilidade de conhecer outros artistas: “Aqui é um espaço de muita troca porque vêm artistas e fotógrafos do País todo, é como um ponto de encontro. Eu sou produtora e curadora cultural de Natal, Rio Grande do Norte, e aqui acabo tendo contato com muita gente. Além do networking, é um local de aprendizado, já que oferece oficinas, palestras e exposições muito interessantes”.

Quem também passeava pelo espaço da Pinacoteca neste sábado, 14, era o diretor do Fotofestival Solar, Tiago Santana, que possui interesse pessoal pela fotografia. “Eu virei fotógrafo devido aos festivais. Eu virei fotógrafo por duas razões: por ter nascido no Cariri, com todo o universo visual daquela região, que é muito importante para mim; e porque eu participei de um projeto da Funarte nos anos 1980”, conta.

Ele complementa: “Para mim, os festivais fazem parte do meu projeto de aprendizado. É sempre um momento muito rico de encontros presenciais e trocas de diferentes regiões. É quando podemos juntos pensar um pouco sobre o Brasil e suas conexões por meio das imagens”.

Fotofestival Solar: “Eu gosto de ver arte”

A poucos metros de Tiago, ficava a exposição de Claudia Andujar, “Minha vida em dois mundos”, onde diversas famílias com crianças entravam para a visitação. Acompanhada do filho e de dois sobrinhos, estava Denise Bezerra, que defende o acesso à arte desde a infância.

“Eu trouxe eles porque a cidade está vivendo essa cultura à flor da pele e a Pinacoteca é um grande presente. Eu sempre levo meu filho em todas as exposições que a gente tem oportunidade, tanto aqui quanto fora do Brasil. É muito importante que as crianças tenham contato com a arte desde pequenos, eu sempre prezo muito por isso”, afirma Denise, interrompida pelo filho Bento, de 8 anos. “Aqui é um dos melhores lugares do mundo”, exclama a criança.

A prima Mayla, da mesma idade, entra para a conversa e complementa: “Eu gosto de ver arte”.

Na Estação das Artes, a energia surpreendeu desde cedo, quando, às 18 horas, Letrux transformou sua passagem de som para os primeiros fãs que já estavam no equipamento. Era o caso do jovem Igor Freire, que, horas antes da apresentação oficial, estava sentado próximo ao palco junto a quatro amigos.

“Eu sou muito fã da Letrux. Esse é o segundo show dela e eu quero estar em todos que ela fizer. Eu escuto Letruz todos os dias e amo esse álbum que ela vai cantar hoje, que é 'O Último Romântico'. Eu acho que ela tem uma excentricidade, ela tem uma forma de jogar com as palavras que é muito ela. Ela canta de um jeito muito visceral, muito feroz”, argumenta.

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Fotofestival Solar: passeio pelas exposições

A maioria do imenso público que estava no equipamento, no entanto, não se prendeu só ao show e optou por conhecer os espaços de exposições antes da apresentação da cantora. “Nesse intervalo, entre uma música e outra, a gente vem ver esse espaço e acaba conhecendo obras que não estavam visíveis até então. É muito bonito dar uma volta e ver essas exposições, andar no trilho”, declara o professor de teatro Felipe Feros.

“Eu vim para ver as exposições e vi depois que teria o show da Letrux na programação, é uma pedida muito boa. E essa mostra aqui, ‘Onde guardaremos este instante de alegria?’, me deixou surpresa, cada foto me remete a um instante de alegria. Aqui tem uma energia no ar muito boa, está bem animado. (A mistura de linguagens artísticas) É fantástica. A gente sai um pouco e entra em outro universo, depois volta para curtir”, converge Kalina Rosa, professora universitária que também visitava o espaço.

Fotofestival Solar: entrevista com Letrux

A artista mais aguardada da noite, Letrux, revelou ao Vida&Arte que ficou feliz em compor a programação do festival: "Eu fico feliz em pensar que as pessoas que vieram para o show tenham visto as exposições antes, pois eu gosto muito de fotografia”.

“Acho que a fotografia pode estar um pouco banalizada por esse momento de excesso de selfies e de celulares, mas ter uma exposição com fotos profissionais, que levam isso a sério, para além de uma selfie, é muito bacana. Não que a banalidade não tenha seu valor, mas é legal ver pessoas que se especializaram nesse assunto, da captura de um momento, de criar uma história também”, diz a carioca.

Ainda sobre a relação da fotografia com a modernidade, Letrux defende que as pessoas se desacostumaram a ver fotos espontâneas de si e dos outros nas redes sociais.

“A gente está vendo uma geração de pessoas que não tem fotos feias. Eu tenho 42 anos e tenho mil fotos que eu estou assim [mostra uma careta], e que bom que essas fotos existem porque é hilário ver. A gente ri e gargalha, percebe que éramos mais livres. Hoje em dia, a gente apaga”, finaliza.

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