Modo mineiro de fazer queijo vira patrimônio da humanidade
Tradição com mais de 300 anos, o queijo Minas artesanal é o primeiro alimento brasileiro na lista da Unesco; modo de fazer o queijo virou Patrimônio da Humanidade
10:33 | Dez. 05, 2024
Reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil desde 2008, o modo de fazer Queijo Minas Artesanal agora também se tornou Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. O título foi concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) na quarta-feira, 4.
Tradição com mais de 300 anos, o preparo da iguaria é feito com leite cru e de forma totalmente manual. O não uso de processos mecânicos é uma maneira de preservar o sabor de produção, que é uma importante atividade econômica para a agricultura familiar em várias regiões de Minas Gerais.
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A partir de um requerimento da Associação Mineira de Produtores de Queijo Artesanal (Amiqueijo), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) apresentou a candidatura para a Unesco em março de 2023.
Queijo Minas Artesanal é o primeiro alimento brasileiro na lista da Unesco
Na lista da organização, o Brasil já tinha seis patrimônios culturais, mas o Queijo Minas Artesanal é o primeiro alimento.
Após o encontro da Unesco em Assunção, no Paraguai, que definiu a concessão do título, o presidente do Iphan, Leandro Grass, publicou um vídeo em seu perfil do Instagram celebrando a conquista.
Ele defendeu a importância de políticas públicas de valorização e promoção da agricultura familiar, de preservação do meio ambiente e do fomento econômico, para terem crédito e condições de continuar produzindo.
“Mais do que o título, o status significa que vamos ter mais atenção ainda, que nós estabelecemos um pacto de cuidado e de preservação desse bem cultural, que tem mais de três séculos de existência. De famílias que perpetuaram esse conhecimento aos seus filhos, netos e bisnetos, e que precisam permanecer na terra”, afirmou Leandro Grass.