Conheça Lucia Helena Galvão, referência da filosofia no Brasil
Conheça a professora e palestrante que ministra uma palestra em Fortaleza nesta sexta-feira, 22, além de sua atuação e história de vida
19:09 | Nov. 22, 2024
Lúcia Helena Galvão é uma das maiores referências da filosofia no Brasil. Professora, palestrante e escritora, a filósofa é conhecida no País pelos trabalhos que desenvolve na Nova Acrópole, organização internacional que promove a Filosofia, Cultura e Voluntariado ao redor do mundo.
Em homenagem à semana da filosofia, a professora Lúcia Helena Galvão vai ministrar uma palestra em Fortaleza, capital do Ceará, no Centro de Eventos, nesta sexta-feira, dia 22 de novembro. Intitulado "Com superar os limites internos", o evento promove reflexões acerca das limitações individuais que cada ser humano impõe para si.
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Saiba quem é Lúcia Helena Galvão
Lúcia Helena Galvão é professora, escritora e palestrante brasileira. Ela ministra aulas e palestras sobre temas relacionados a filosofia clássica, ética, autoconhecimento e espiritualidade.
Seu estilo didático e inspirador atraiu uma grande audiência, tanto presencialmente quanto por meio de vídeos nas redes sociais.
Além de ser uma figura de destaque na Nova Acrópole, Lúcia Helena é autora de 12 livros que exploram temas filosóficos e poéticos, incluindo obras como Palavras de Poder e A Força de um Ideal.
Em suas palestras, que conectam conceitos de grandes filósofos ao cotidiano, Galvão costuma pedir para que as pessoas imaginem que Platão, filósofo da Grécia Antiga, viaja no tempo e encontra-se com elas, fazendo a seguinte pergunta: "Quem é você?"
A reflexão a partir dessa pergunta é pensar em si como indivíduo que possui virtudes e propósito, deixando de lado a ideia superficial de que pode-se definir em um nome, um CPF, uma formação ou até uma profissão, mesmo que exista sucesso. Para ela, projetos são bons, mas não servem para justificar uma vida.
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Ao ser questionada pela mesma reflexão, Lúcia disse que caso lhe perguntasse quem ela é, responderia que é uma pessoa com a meta de crescer como ser humano e contribuir para o crescimento da humanidade.
"O que nos define, nosso 'nome interno', está intimamente relacionado ao bem que desejamos fazer a nós mesmos e ao mundo, ou seja, ao nosso ideal. Esse 'nome interno' está no horizonte, representando um propósito a ser alcançado", explica a filósofa.
Ela destacou que, quando não se tem um referencial claro de vida e não se sabe onde se quer chegar, é difícil desenvolver uma identidade profunda.
Lúcia Helena Galvão: história de vida
Lúcia Helena Galvão nasceu em 1963 no Rio de Janeiro e morou lá até os 9 anos de idade, quando sua família se mudou para Brasília devido ao emprego de seu pai, que a época era bancário. Quando adulta, Galvão morou em Belém do Para e em João Pessoa, onde começou seus estudos na Nova Acrópole.
Seu interesse pela filosofia surgiu ainda na adolescência, embora na época ela não soubesse que esse era o nome da área que a atraía. Admiradora de e ela percebeu algo especial nas obras desses autores que lhe despertavam o puro amor à sabedoria, mas não compreendia exatamente o motivo.
Aos 24 anos, após se frustrar com a experiência na Filosofia Acadêmica, que não despertou seu interesse, ela conheceu a Nova Acrópole. A partir desse contato, encontrou uma filosofia prática e vivencial, alinhada ao seu desejo de se tornar uma pessoa melhor e mais comprometida com a humanidade.
Ao longo de sua caminhada filosófica, Galvão fundou sete sedes de escolas Nova Acrópole. "Hoje, felizmente, fico muito alegre com isso, estão todas muito bem", afirma com satisfação.
"Nesse momento acabei de publicar o 12º livro, ou seja, são 12 livros escritos por mim, livros onde eu coloquei o melhor do que eu poderia dar às pessoas para ajudá-las a crescer", finaliza.
Lúcia Helena Galvão: práticas do dia a dia que elevam a consciência
Uma das reflexões que algumas linhas filosóficas ensinam é a capacidade interna de desenvolver, ao longo do tempo, um esforço consciente de alinhar sua vida com valores espirituais, utilizando práticas cotidianas para transcender as distrações e superficialidades da existência comum.
Sobre isso, Lúcia helena Galvão revela que tem o hábito de começar o dia ouvindo músicas que elevem sua consciência, mesmo que de forma sutil. Além disso, ela realiza uma breve oração todas as manhãs.
Para a professora, a música e a oração são fundamentais para se conectar a uma dimensão além daquela vista como superficial.
"Ajuda a me colocar a uma dimensão acima do banal, acima dos meros compromissos do dia a dia. Ela puxa minha consciência junto com a oração pro meu sentido de vida, pra quem eu sou e pra onde eu quero chegar com tudo isso".
Antes de dormir, ela adota uma prática semelhante, combinando música e oração. É um momento "onde eu procuro rever o meu dia. Ver o que foi válido e o que não foi. Me comprometer para o meu aperfeiçoamento nos dias que vem depois".
Lúcia também menciona que realiza exercícios de concentração regularmente. Para ela, essas práticas são essenciais para desenvolver a capacidade de manter a consciência no momento presente.