Ex-bailarina do Faustão é presa em SP: saiba quem é Natacha Horana
Mandado de prisão de Natacha Horana foi expedido no âmbito de operação que investiga movimentações financeiras suspeitas. Foi apreendida a quantia de R$ 119.650
09:38 | Nov. 20, 2024
Integrante do tradicional balé do Faustão entre 2015 e 2022, a dançarina Natacha Horana, de 33 anos, foi presa suspeita de lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito e organização criminosa. A captura ocorreu na última quinta-feira, 14, mas foi divulgada nessa terça, 19.
Segundo o portal Leo Dias, o mandado de prisão foi expedido pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP-RN), que investiga movimentações financeiras suspeitas. Natacha estaria envolvida em esquema que seria usado para omitir a natureza ilegal de recursos oriundos do tráfico.
Junto da bailarina, foram apreendidos R$ 119.650, além de “quatro celulares, um notebook, duas câmeras fotográficas, dois relógios, um colar, um HD externo, diversos documentos” e um veículo Mercedes-Benz, conforme nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo enviada à revista Quem.
“A capturada alegou que o automóvel era emprestado e o bem aguarda a apresentação do responsável legal”, disse a pasta em nota.
Um dia após a prisão de Natacha, em 15 de novembro, feriado da Proclamação da República, foi protocolado pedido de habeas corpus. A Justiça potiguar negou o pedido nessa semana por falta de argumentos suficientes.
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Quem é Natacha Horana?
A ex-bailarina do Faustão é natural de Jundiaí, na região metropolitana de São Paulo. Formada em organização de eventos e artes cênicas, Natacha já trabalhou no teatro durante dois anos na capital paulista.
A partir de 2015, veio um dos destaques da carreira dela: o palco do “Domingão do Faustão”, da TV Globo. Quando o apresentador foi para a emissora Band, Natacha foi junto, mas ficou durante apenas um mês de 2022.
Antes disso, em 2018, a mulher foi expulsa do “Dança dos Famosos”, tradicional competição em que uma celebridade forma par com uma dançarina do programa.
Isso porque ela teve um desentendimento com o ator Sérgio Malheiros nos bastidores. Ele quem teria solicitado a expulsão de Natacha.
Fora do circuito televisivo, Natacha Horana desfilou no carnaval paulista, pela Gaviões da Fiel, e no carnaval do Rio de Janeiro, pela Mocidade Independente de Padre Miguel e Unidos da Vila Isabel.
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Natacha Horana já havia sido presa em 2020
Em julho de 2020, em meio às medidas restritivas devido à pandemia de Covid-19, Natacha foi presa em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, por desacato a policiais militares. Os agentes atendiam uma ocorrência de festa clandestina com som alto e aglomeração de convidados.
Na ocasião, Natacha foi encontrada escondida em um dos cômodos da casa onde ocorria a festa. Após ser abordada, segundo a revista Quem, passou a discutir com os agentes. Ela foi liberada no dia seguinte e negou o crime de desacato durante aparição à imprensa.
Já em janeiro de 2023, a ex-bailarina passeava em um barco em Fernando de Noronha, no Pernambuco, quando a embarcação foi atingida por um incêndio. Natacha precisou ser hospitalizada após ser resgatada por pescadores.
Advogados de Natacha Horana se manifestam
Em publicação no Instagram nessa terça, 19, a defesa argumentou que Natacha Horana foi “injustamente envolvida” na investigação “apenas porque, anos atrás, acabou conhecendo uma das pessoas investigadas”.
“Conforme se demonstrou no processo, sua menção e prisão foi um equívoco porque ela jamais praticou qualquer ato ilícito, direto, indireto ou colaborativo”, complementou a nota, assinada pelos advogados Daniel Leon Bialski, Luís Felipe D'Alóia, Danielly Casteluci Oliveira, Bruno G. Borragine, Gustavo Alvarez Cruz e André M. Bialski, todos do escritório Bialski Advogados Associados.
Na sequência, o documento solicitou a soltura de Natacha “pela inexistência de indícios de seu envolvimento e motivos para a continuidade dessa medida”.
Leia a nota na íntegra:
“A defesa da modelo e bailarina Natacha Horana Silva esclarece que, de forma abusiva e injustificada, ela acabou sendo injustamente envolvida em investigação apenas porque, anos atrás, acabou conhecendo uma das pessoas investigadas.
Conforme se demonstrou no processo, sua menção e prisão foi um equívoco porque ela jamais praticou qualquer ato ilícito, direto, indireto ou colaborativo. E, diante disso, e principalmente pela inexistência de indícios de seu envolvimento e motivos para a continuidade dessa medida, aguarda-se o exame de pedidos feitos visando o imediato restabelecimento de sua liberdade e dignidade.”