Com ótimo visual e alguns bugs, God of War Ragnarök chega ao PC
A última aventura de Kratos nas terras nórdicas traz gráficos impressionantes, jogabilidade excelente para o PC, apesar de alguns bugs e da necessidade de uma conta PSN, incomodaremA versão de God of War Ragnarök para PC traz consigo uma experiência visual impressionante, mas com alguns desafios que os jogadores precisam estar cientes. Os visuais trazem uma qualidade de encher os olhos, com detalhes ricos e ambientes imersivos. Quem tiver uma máquina potente, como as que rodam com uma RTX 4070, vai perceber taxas de quadros estáveis e uma performance sólida, com configurações em Ultra atingindo facilmente 120fps em 1440p de resolução. O jogo também oferece suporte a tecnologias como DLSS e AMD FSR, garantindo que mesmo quem tem um setup mais modesto consiga uma performance decente. No entanto, quem optar por jogar em dispositivos menos potentes ou em portáteis como o Steam Deck pode se deparar com pequenas falhas que podem comprometer a imersão durante o gameplay.
A história de Ragnarök é um dos seus pontos altos. O enredo coloca Kratos e Atreus em um embate emocional e físico contra os deuses nórdicos, principalmente Odin e Thor. O ritmo da narrativa é bem construído, mas há momentos em que o jogo perde um pouco de fôlego, principalmente em seções onde Atreus assume o protagonismo. Nesses momentos, a jogabilidade fica um tanto arrastada, apesar de culminar em uma das batalhas mais memoráveis da série. O estilo semi-mundo aberto, com uma abundância de missões secundárias e colecionáveis, pode agradar jogadores que gostam de explorar cada detalhe, mas pode afastar aqueles que preferem uma experiência mais linear e focada.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Quanto aos controles, o jogo funciona bem tanto no teclado e mouse quanto em controles tradicionais, mas a recomendação clara é utilizar o DualSense do PlayStation 5. A integração do controle com o jogo, que inclui o feedback háptico e os gatilhos adaptáveis, faz com que o combate fique muito mais imersivo. Em comparação com diferentes controles, o DualSense realmente transforma a forma como os ataques de Kratos com o machado Leviatã e as Lâminas do Caos são sentidos pelo jogador. Para aqueles que preferem o teclado e mouse, a experiência é satisfatória, mas o jogo parece ter sido realmente pensado para ser jogado com um controle.
No quesito sonoro, o jogo não decepciona. Os efeitos de som nas batalhas são claros e contribuem para a sensação visceral dos combates. Desde o impacto dos golpes de Kratos até o som ambiente dos reinos nórdicos, tudo ajuda a criar uma atmosfera envolvente. A dublagem de Christopher Judge como Kratos continua impecável, mas a voz de alguns personagens, como Odin, pode ser divisiva, dependendo da preferência do jogador.
A rejogabilidade do título é assegurada por modos adicionais, como o Valhalla - que vem incluído no pacote da versão para PC -, que traz elementos roguelike e proporciona uma nova maneira de vivenciar o combate. Essa característica, combinada com a extensa campanha principal, faz de Ragnarök uma excelente opção para aqueles que desejam se imergir por horas em um jogo que vai além da narrativa inicial.
Ainda que God of War Ragnarök para PC seja uma experiência grandiosa, há pontos que poderiam ser melhorados, como a exigência de uma conta PSN para jogar no Steam, algo que parece desnecessário para um jogo single-player. Ao mesmo tempo, os bugs e glitches observados em alguns momentos, como os problemas de remapeamento de controle no Steam Deck, são inconvenientes, mas não comprometem a grandiosidade de mais um exclusivo de PlayStation que se torna jogável também no PC.
Davi Rocha é integrante do canal de Youtube Bacontástico
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