Remake de Dead Space cria incrível ambiente de terror no espaço

Título traz história envolvente em uma nave. Dead Space está disponível para assinantes do PlayStation Plus em outubro

No mês do Halloween, seguindo a tendência de remakes na indústria de jogos, o PlayStation Plus disponibiliza o terror "Dead Space" (2023) como um dos títulos mensais para os seus assinantes. O resgate pode ser feito até o dia 4 de novembro, sem custos adicionais.

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Desenvolvido pela Motive Studios e publicado pela Electronic Arts, a obra em questão refaz a experiência lançada originalmente em 2008. À época, o trabalho foi da EA Redwood Shores (posteriormente chamada de Visceral Games).

O remake está disponível para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC. Com uma excelente construção de ambientes e um incrível design de áudio, "Dead Space" traz uma aventura extremamente violenta em uma nave de mineração à deriva.

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A história do remake de Dead Space

Situada no século 26, a narrativa de "Dead Space" acompanha Isaac Clarke, engenheiro e tripulante em uma embarcação de reparos. O destino é a USG Ishimura, enorme nave de mineração planetária na órbita do planeta Aegis VII.

Ao investigar um pedido de socorro, o grupo é atacado por monstros mutantes (necromorfos) e precisa descobrir como sobreviver no local, infestado pela epidemia de alienígenas.

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O enredo amarra bem os seus temas, trazendo conspirações, intrigas e revelações. Mais detalhes são revelados a cada trecho, explorando conexões com a vida de Isaac e a história da própria humanidade.

Os personagens são bons pontos na campanha, com interações importantes. Um grande exemplo é a doutora Nicole Brennan, namorada de Isaac. O protagonista, que não tinha falas no jogo original, agora reage e conversa, o que é uma novidade bem-vinda.

Jogabilidade e níveis no remake de Dead Space

A nave USG Ishimura é construída de uma excelente maneira. O sentimento é de que as peças se encaixam e se completam a cada andar. A experiência em corredores, salas misteriosas e ambientes sem gravidade cria uma atmosfera de terror única, aproveitando “jumpscares” (sustos repentinos na tela) e a tensão constante.

Os níveis conseguem direcionar o jogador, que precisa resolver quebra-cabeças e eliminar os aterrorizantes necromorfos para progredir. Adições incluem algumas missões secundárias, envolvendo o famoso “backtracking”, quando se explora o mesmo local mais de uma vez.

O ótimo combate traz armas diversas, golpes corporais e habilidades gravitacionais, exigindo estratégia - recursos como munições e curas são escassos. É possível (e é crucial) melhorar armas e trajes gastando créditos e peças.

A violência está muito presente, justificando os avisos de conteúdo gráfico (mortes, mutilamentos, vômitos, desmembramentos…) que a obra traz. Vale dizer que a movimentação flui bem, apesar de breves inconsistências com os corpos dos inimigos.

Parte técnica do remake de Dead Space

Uma das grandes maneiras de justificar um remake é atualizar a parte técnica e entregar algo digno da geração atual. "Dead Space" faz isso e eleva a régua: utilizando o motor gráfico Frostbite, os gráficos realmente estão melhores. A iluminação (ou a falta dela em certos trechos) está ótima.

O design de áudio é espetacular e contribui para a imersão nesse terror espacial, com gritos, sussurros, barulhos misteriosos e uma trilha sonora cativante. Um ponto de destaque é que não há um carregamento ao transitar entre ambientes, enquanto que o período para retornar após morrer é aceitável. O salvamento automático funciona.

A taxa de quadros por segundo (FPS) chega a 60 e não tem muitas quedas. Há uma opção com gráficos melhores e redução de FPS. O jogo raramente apresenta bugs, o que é reflexo das atualizações nos seus primeiros meses.

As atuações são boas no idioma original, mas uma dublagem em português sempre faz falta. As legendas e traduções de menus e arquivos da campanha são competentes. É válido elogiar os recursos de acessibilidade, como os modos de daltonismo.

Conclusão

Com fidelidade ao produto original, melhorias técnicas e boas novidades, o remake de "Dead Space" está entre os melhores já feitos. A história é envolvente, os gráficos são bons e a jogabilidade é brutalmente funcional.

A ambientação, unindo a construção da nave e o design de áudio, oferece um terror espacial digno do gênero. O título entrega mais do que The Callisto Protocol (2022), por exemplo, que é claramente inspirado no "Dead Space" de 2008.

Tendo poucos problemas técnicos e vários sustos, o grande ponto negativo é a falta de dublagem. Mesmo assim, o jogo é uma opção divertida para quem tem interesse por aventuras no espaço e gosta da proposta de obras como "Resident Evil 2" (2019) - desde que a violência explícita não seja empecilho. Para assinantes do PlayStation Plus, é válido viver a experiência nesse icônico universo.

Pontos positivos

  • História envolvente
  • Combate variado
  • Ambientação excelente
  • Design de áudio incrível

Pontos negativos

  • Falta de dublagem

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