Remake de Dead Space cria incrível ambiente de terror no espaço

Título traz história envolvente em uma nave. Dead Space está disponível para assinantes do PlayStation Plus em outubro

15:38 | Out. 23, 2024

Por: Esaú Souza
O remake de Dead Space está disponível para assinantes do PlayStation Plus. (foto: Reprodução/Electronic Arts)

No mês do Halloween, seguindo a tendência de remakes na indústria de jogos, o PlayStation Plus disponibiliza o terror "Dead Space" (2023) como um dos títulos mensais para os seus assinantes. O resgate pode ser feito até o dia 4 de novembro, sem custos adicionais.

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Desenvolvido pela Motive Studios e publicado pela Electronic Arts, a obra em questão refaz a experiência lançada originalmente em 2008. À época, o trabalho foi da EA Redwood Shores (posteriormente chamada de Visceral Games).

O remake está disponível para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC. Com uma excelente construção de ambientes e um incrível design de áudio, "Dead Space" traz uma aventura extremamente violenta em uma nave de mineração à deriva.

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A história do remake de Dead Space

Situada no século 26, a narrativa de "Dead Space" acompanha Isaac Clarke, engenheiro e tripulante em uma embarcação de reparos. O destino é a USG Ishimura, enorme nave de mineração planetária na órbita do planeta Aegis VII.

Ao investigar um pedido de socorro, o grupo é atacado por monstros mutantes (necromorfos) e precisa descobrir como sobreviver no local, infestado pela epidemia de alienígenas.

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O enredo amarra bem os seus temas, trazendo conspirações, intrigas e revelações. Mais detalhes são revelados a cada trecho, explorando conexões com a vida de Isaac e a história da própria humanidade.

Os personagens são bons pontos na campanha, com interações importantes. Um grande exemplo é a doutora Nicole Brennan, namorada de Isaac. O protagonista, que não tinha falas no jogo original, agora reage e conversa, o que é uma novidade bem-vinda.

Jogabilidade e níveis no remake de Dead Space

A nave USG Ishimura é construída de uma excelente maneira. O sentimento é de que as peças se encaixam e se completam a cada andar. A experiência em corredores, salas misteriosas e ambientes sem gravidade cria uma atmosfera de terror única, aproveitando “jumpscares” (sustos repentinos na tela) e a tensão constante.

Os níveis conseguem direcionar o jogador, que precisa resolver quebra-cabeças e eliminar os aterrorizantes necromorfos para progredir. Adições incluem algumas missões secundárias, envolvendo o famoso “backtracking”, quando se explora o mesmo local mais de uma vez.

O ótimo combate traz armas diversas, golpes corporais e habilidades gravitacionais, exigindo estratégia - recursos como munições e curas são escassos. É possível (e é crucial) melhorar armas e trajes gastando créditos e peças.

A violência está muito presente, justificando os avisos de conteúdo gráfico (mortes, mutilamentos, vômitos, desmembramentos…) que a obra traz. Vale dizer que a movimentação flui bem, apesar de breves inconsistências com os corpos dos inimigos.

Parte técnica do remake de Dead Space

Uma das grandes maneiras de justificar um remake é atualizar a parte técnica e entregar algo digno da geração atual. "Dead Space" faz isso e eleva a régua: utilizando o motor gráfico Frostbite, os gráficos realmente estão melhores. A iluminação (ou a falta dela em certos trechos) está ótima.

O design de áudio é espetacular e contribui para a imersão nesse terror espacial, com gritos, sussurros, barulhos misteriosos e uma trilha sonora cativante. Um ponto de destaque é que não há um carregamento ao transitar entre ambientes, enquanto que o período para retornar após morrer é aceitável. O salvamento automático funciona.

A taxa de quadros por segundo (FPS) chega a 60 e não tem muitas quedas. Há uma opção com gráficos melhores e redução de FPS. O jogo raramente apresenta bugs, o que é reflexo das atualizações nos seus primeiros meses.

As atuações são boas no idioma original, mas uma dublagem em português sempre faz falta. As legendas e traduções de menus e arquivos da campanha são competentes. É válido elogiar os recursos de acessibilidade, como os modos de daltonismo.

Conclusão

Com fidelidade ao produto original, melhorias técnicas e boas novidades, o remake de "Dead Space" está entre os melhores já feitos. A história é envolvente, os gráficos são bons e a jogabilidade é brutalmente funcional.

A ambientação, unindo a construção da nave e o design de áudio, oferece um terror espacial digno do gênero. O título entrega mais do que The Callisto Protocol (2022), por exemplo, que é claramente inspirado no "Dead Space" de 2008.

Tendo poucos problemas técnicos e vários sustos, o grande ponto negativo é a falta de dublagem. Mesmo assim, o jogo é uma opção divertida para quem tem interesse por aventuras no espaço e gosta da proposta de obras como "Resident Evil 2" (2019) - desde que a violência explícita não seja empecilho. Para assinantes do PlayStation Plus, é válido viver a experiência nesse icônico universo.

Pontos positivos

  • História envolvente
  • Combate variado
  • Ambientação excelente
  • Design de áudio incrível

Pontos negativos

  • Falta de dublagem