Mostra de SP chega à 48ª edição sob a luz do Oriente e do mundo

A Mostra Internacional de Cinema em São Paulo começa no dia 16 de outubro com a exibição do filme "Maria", de Pablo Larraín, para convidados na Sala São Paulo

A Mostra Internacional de Cinema em São Paulo não se esquiva em tratar das polêmicas da contemporaneidade; como abordar as guerras no Oriente Médio envolvendo o governo de Israel e o povo palestino, que agora ganha proporções maiores e dramáticas com as ações no Líbano, dos ataques do Irã e da crescente e temerosa sensação de que os conflitos podem se estender para além das regiões envolvidas.

“Não temos que fugir das polêmicas. A tentativa da Mostra SP é de contribuir para uma discussão civilizada e olhando para todos os lados”, falou Renata de Almeida, diretora da Mostra, na coletiva para imprensa que aconteceu no sábado, 5, no Espaço de Cinema em São Paulo.

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Olhando para esse lado do mundo; a Mostra SP chega em sua 48a edição, com a exibição de filmes de diretores palestinos, dentro da sua programação que traz 415 produções, de 82 países, com o cinema brasileiro representado para Mostra Brasil, a maior vitrine, com 60 longas.

Na retrospectiva Oriente Médio Olhares diversos, a Mostra SP traz três filmes do diretor palestino Michel Khleifi: "A Memória Fértil" (1980); "Núpcias na Galiléia" (1987) e "O Conto das Três Joias Perdidas", além de "Contos de Gaza", de Muhmoud Nabil Ahmed, "Por Que a Guerra?" e "Shikum", ambos do diretor israelense Amos Gitai.

Um olhar do mundo sobre a diversidade dos temas atuais

A Mostra SP é um dos maiores eventos de cinema do mundo, com mais de 400 filmes que este ano vem de 82 países, entre os que quais os novos filmes que passaram nos grandes festivais como Cannes, Veneza, Berlim, San Sebastián, Locarno e Sundance.

A Mostra abre com o novo filme de Pablo Larraín, "Maria", que passará, como falamos, na abertura para convidados na Sala São Paulo, no dia 16 de outubro, e depois dentro da programação. O filme, que participou da mostra competitiva do Festival de Veneza, é protagonizado pela atriz Angelina Jolie e retrata o final da vida da maior cantora de ópera de todos os tempos, Maria Callas (1923-1977).

Da safra de Veneza vem também o aguardado filme de Walter Salles, que saiu com o prêmio de melhor roteiro do festival, "Ainda Estou Aqui", sobre a história da mãe de Marcelo Rubens Paiva, Eunice Paiva, vivida por Fernanda Torres, que lutou a vida toda para que estado brasileiro reconhecesse que a ditadura militar matou seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva. O longa é o indicado do Brasil para uma das cinco vagas do Oscar de Filme Internacional de 2025.

Mais o cardápio de produções estrangeiras dentro da programação da Mostra SP é amplo e diversificado, com filmes como "O Brutalista", de Brady Corbet, que saiu com o prêmio de melhor diretor do Festival de Cannes, "Anora", de Sean Baker, o grande vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes, e possivelmente uma dos filmes americanos que irão se destacar na premiação do Oscar de 2025. Estarão presentes filmes dos principais festivais de cinema do mundo, como Berlim, Sundance, San Sebastián e Locarno.

Da safra do Oscar do próximo ano, temos os representantes de 13 países, entre eles: de Portugal, "Grand Tour", de Miguel Gomes; da Polônia, "Sob o Vulcão", de Damian Kocur, e do Senegal, "Dahomey", de Mati Diop.

Novidades da Mostra SP

Uma das novidades da Mostra SP deste ano é a 1ª edição da Mostrinha, com filmes infanto-juvenis de todo o mundo, realizados para esses públicos específicos, que são a base para formação de plateia para o cinema que produzimos e o Foco Índia, com as produções desse grande país, inclusive a Bollywood.

“Temos que nos preocupar com a formação de público para os filmes que produzimos, já que desde a pandemia de Covid-19, fomos enormemente afetados com o esvaziamento de plateia para o cinema. Dentro dessa importante questão de formação de público, vamos ter o foco Índia, que são filmes do país que nos ajudam entender como eles formam plateia para essa produção ampla e diversificada”, revela Renata de Almeida. (Amilton Pinheiro/ Especial para O POVO)

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