Personagem de Emiliano Queiroz inspirou música de Chico Buarque

Canção "Geni e o Zepelim", composta po Chico Buarque, foi inspirada em personagem do ator cearense Emiliano Queiroz

Principal nome da atuação do Ceará, Emiliano Queiroz morreu nesta sexta-feira, 4, aos 88 anos de idade. Natural do município de Aracati, o ator se consagrou entre os grandes nomes da atuação do País.

Na televisão, cinema e teatro, personagens de Emiliano marcaram diversas gerações que acompanharam sua trajetória artística que soma mais de 70 anos. Dos inúmeros papéis, Geni, do espetáculo “Ópera do Malandro” (1978), inspirou o músico Chico Buarque a compor “Geni e o Zepelim”.

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Em entrevista para as Páginas Azuis do O POVO em 2007, Emiliano recordou do momento em que ouviu a canção, presente de Chico para o cearense, pela primeira vez: “Uma coisa maravilhosa”.

Marieta Severo foi responsável por apresentar Emiliano Queiroz a Chico Buarque

A amizade entre o músico e o ator iniciou por intermédio de Marieta Severo, atriz e namorada de Chico na época, com quem atuou com Emiliano em outras várias ocasiões.

“Quando foi um dia, o Chico Buarque liga pra minha casa. Conheci ele assim, quando ele começou a namorar a Marieta Severo, fiz muitas peças com ela. Nessa época em que eles se conheceram, era o Sabiá”, relembrou.

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Na época, Emiliano se preparava para os espetáculos “Ópera dos Mendigos”, de John Gay, e, em seguida, a “Ópera dos Três Tostões”, de Bertolt Brecht, quando Chico acompanhou um dos ensaios e os teve como inspiração para o texto de “Ópera do Malandro” – que ganhou álbum de mesmo nome e traz a faixa “Geni e o Zepelim”.

“A canção (‘Geni e o Zepelim’) ele só escreveu depois que a peça estava sendo feita, não tinha aquela música. (...) E um dia ele foi ver o ensaio, ainda eu fazendo a personagem do Brecht, a Jeni dos Piratas. Ele viu, falou assim:  'Esquece essa música aí. Vou escrever uma nova pro seu personagem'. E eu viajei pros Estados Unidos. Quando voltei, ouvi a música. Cara, que é isso, que coisa maravilhosa!”, contou Emiliano ao O POVO.

Natural de Aracati, Emiliano Queiroz conquistou a televisão brasileira

Nascido no município de Aracati, a 148,4 km de Fortaleza, Emiliano Queiroz iniciou sua trajetória na atuação ainda na adolescência ao entrar em uma companhia teatral da capital cearense.

Na juventude, trabalhou como ator, produtor, humorista, apresentador e cenógrafo em programas de TV do Estado. No âmbito nacional, Emiliano Queiroz trilhou carreira na televisão, cinema e teatro por todo o País.

Reconhecido como um dos atores que mais participou de produções da Rede Globo, o cearense integrou o elenco de novelas e minisséries, como: “Irmãos Coragem” (1970), “O Bem-Amado” (1973), “Irmãos Coragem” (1995), “Senhora do Destino” (2004), “Alma Gêmea” (2005), “Hoje é Dia de Maria” (2005) e “Éramos Seis” (2020).

Já no cinema, Emiliano participou de “O Homem que Comprou o Mundo” (1968), “Independência ou Morte” (1972), “Tiradentes” (1990), “Madame Satã” (2002), “Feliz Natal” (2008), “Meu Pé de Laranja Lima” (2012) e outros títulos.

Emiliano Queiroz esteve em Fortaleza há três meses

Em celebração a sua carreira e trajetória, o ator Emiliano Queiroz foi homenageado no Museu da Fotografia Fortaleza (MFF) com a exposição “Emiliano Queiroz: de Aracati para o Mundo”.

Aberta no mês de julho, o artista veio a Fortaleza para participar do evento de lançamento da mostra. Na ocasião, Emiliano Queiroz conversou com o Vida&Arte e relembrou novelas marcantes, vivência durante a ditadura militar e infância.

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