Emiliano Queiroz: relembre os papéis marcantes do ator cearense

Com uma jornada versátil, transitando entre o teatro, a televisão e o cinema, Emiliano Queiroz deixa legado na teledramaturgia brasileira

19:47 | Out. 04, 2024

Por: Jules Ferreira
Emiliano Queiroz como Dirceu Borboleta na novela O Bem-Amado, de 1973 (foto: Nelson Di Rago/Acervo TV Globo)

Com mais de 70 anos de carreira, 80 participações em novelas e mais de 300 personagens ao longo da carreira, Emiliano Queiroz foi precursor da radionovela no Ceará

Emiliano estreou na Globo, em 1965, integrando o elenco de “Ilusões perdidas”, a primeira novela da emissora. Em seu histórico cinematográfico, ganhou o prêmio Kikito de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Gramado por conta de uma participação de três minutos no filme “Stelinha”, de 1990, filme de Miguel Faria Jr.

Emiliano Queiroz, que morreu na manhã desta sexta-feira, 4, aos 88 anos, foi ator, radialista, produtor, humorista e roteirista brasileiro. Nasceu em Aracati, no Ceará, em 1936. Começou a carreira artística aos 14 anos, trabalhou na Ceará Rádio Clube e, aos 17 anos, viajou a São Paulo e fez papéis pequenos no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) como “O Pagador de Promessas”, de Dias Gomes.

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Confira a lista de 10 trabalhos mais marcantes de Emiliano Queiroz:

Juca Cipó em “Irmãos Coragem” (1970-1971)

Vingativo, sádico e capaz de matar por mil cruzeiros ou por nada. É o jagunço (cangaceiro ou criminoso contratado como guarda-costas) de Pedro Barros e faz maldades sem ter consciência de seus atos.

Dirceu Borboleta em “O Bem Amado” (1973)

Esse personagem foi o mais famoso da carreira de Emiliano Queiroz, o fiel secretário pessoal nervoso e com gagueira compulsiva, do corrupto candidato a prefeito de Sucupira, Odorico Paraguaçu, vivido por Paulo Gracindo.

Horácio Brandão em “Pai Herói” (1979)

Deputado e advogado, filho de Januária, é apaixonado por Norah, sua cunhada viúva, e os dois vivem um romance proibido.

Seu Biju em “Cambalacho” (1986)

Ele é carinhoso e sensível, trabalha com reformas e consertos e tem a responsabilidade de sustentar os três sobrinhos depois da morte de sua irmã.

Tio Bernardo em “Alma Gêmea” (2005)

Ingênuo e boa gente, Bernardo trabalha no cultivo e na venda de rosas na propriedade de Rafael. Cuida dos órfãos, Crispim e Mirna, que levou para morar com ele.

Padre Agnaldo em “Eterna magia” (2007)

Pároco muito querido da igreja, é um religioso de mente fechada e radicalmente contra qualquer manifestação de bruxaria na cidade.

Deodato em “Morde & Assopra’’ (2011)

Esse personagem é o avô de Júlia, a paleontóloga determinada a encontrar os fósseis de um réptil extinto. Muito simpático, ama pintar quadros e apoia a neta sempre que possível.

Padre Santo em “Meu Pedacinho de Chão” (2014)

É o amigo influente do atual prefeito das Antas, possui descendência alemã e é o principal apaziguador das brigas que acontecem no vilarejo.

André em “Espelho da Vida” (2018)

É um personagem desconhecido pela cidade. É o médium que consegue conversar com os espíritos. Esse senhor é quem entrega a Cris o camafeu que pertenceu a Júlia Castelo.

Padre Romeu em “Além da Ilusão” (2022)

Último papel de Emiliano Queiroz, esteve na primeira fase da novela e interpretou o orador oficial da Vila Operária. Ele escreve uma carta na qual revela que Olivia e Isadora são primas, momentos antes de morrer.