Caso Diddy: tudo o que se sabe sobre o caso do rapper

Acusado de gerir um esquema criminoso, desde 2008, o rapper Sean Combs aguarda julgamento por uma série de crimes graves. Veja o que se sabe sobre o caso

22:06 | Set. 25, 2024

Por: Alexia Faustino
Sean Combs, conhecido como P. Diddy, foi preso no último dia 16 (foto: AFP PHOTO / Robyn Beck)

Alerta de gatilho: essa matéria aborda assuntos relacionados a violência contra a mulher.

O rapper Sean Combs, conhecido como P. Diddy, foi preso no último dia 16, acusado de tráfico sexual, extorsão, conspiração e transporte para fins de prostituição.

Uma nova acusação contra o rapper foi feita nessa terça-feira, 24. A vítima alega ter sido drogada e estuprada por Diddy e seu segurança em 2001.

A denúncia se soma às outras dez já incluídas no dossiê contra o empresário. Veja o que se sabe a respeito do caso P. Diddy.

Por que P Diddy foi preso?

Diddy é acusado de gerir um esquema criminoso, desde 2008, que incluía sequestros, incêndio criminoso, trabalho forçado e suborno.

Segundo o governo, o rapper também ameaçava as vítimas para participarem dos chamados “freak-offs”, descritos como eventos onde as vítimas eram coagidas a ter relações sexuais com profissionais do sexo sob o efeito de drogas.

Diddy costumava gravar vídeos desses eventos para chantagear os envolvidos. No entanto, as gravações acabaram servindo como prova dos crimes para a polícia.

Um dos fatos que também acabou contribuindo para o caso foram as acusações da ex-namorada de Diddy. Cassandra Ventura, conhecida como Cassie, abriu uma ação judicial contra o rapper em 2023, acusando-o de estupro, agressão e sexo forçado com profissionais do sexo masculino.

Um dia após a abertura da ação judicial, um acordo entre os dois foi anunciado e o processo encerrado. Porém, com a repercussão do caso, surgiram novas denúncias de agressão sexual contra o rapper.

Outra mulher alegou ter sido vítima de um estupro coletivo no qual Diddy foi um dos agressores. O caso aconteceu quando ela tinha 17 anos e foi registrado como denúncia apenas anos depois, em novembro de 2023. 

O rapper também foi acusado de aliciamento pelo produtor musical Rodney Jones J., situação que o levou a ter sua propriedade revistada em março deste ano e que resultou em sua prisão neste mês.

Durante as revistas foram encontrados drogas, mil frascos de óleo de bebê e lubrificante, além de rifles AR-15 com números de série desfigurados.

A acusação mais recente contra o rapper foi feita nessa terça-feira, 24, por Thalia Graves, que alega ter sido drogada, amarrada e estuprada por Diddy e seu segurança em 2001. Outro caso de agressão que também teria sido filmado pelo rapper.

Onde P. Diddy está preso?

O rapper está detido em uma cela especial no centro de detenção do Brooklyn enquanto aguarda o julgamento.

O local é conhecido pela violência e maus cuidados com os presos, por isso, seus advogados pediram a justiça que Diddy aguardasse o julgamento em liberdade, porém, em 18 de setembro, o juiz responsável pelo caso negou o pedido.

De acordo com ele, Diddy deve permanecer detido devido ao histórico de violência e a possibilidade de manipulação de testemunhas. O julgamento ainda não tem data para acontecer.

Quanto tempo P Diddy pode ficar preso?

Diddy deve passar pelo menos 15 anos na prisão, caso seja comprovado o crime de tráfico sexual do qual é acusado.

Enquanto isso, os crimes de transporte para prostituição e extorsão têm como penalidades máximas de 10 anos de prisão e prisão perpétua, respectivamente.

Teorias apontam o envolvimento de outros famosos

Com a repercussão do caso nos últimos dias, as pessoas estão trazendo à tona o envolvimento do rapper com outros famosos.

Beyoncé e Jay-Z, amigos de longa data do rapper, foram alvo de comentários nas redes sociais, uma vez que não houve pronunciamento dos dois após a prisão de Diddy.

Outras especulações apontam o cantor Justin Bieber como uma das possíveis vítimas de Diddy e colocam o rapper como um dos envolvidos nas mortes de Tupac e da cantora de R&B Aaliyah, vítima de um acidente de avião.

Com informações de Caynâ Marques