Morre Osmar Milito, pianista de jazz e bossa nova, aos 83 anos
Morre Osmar Milito, grande nome do jazz e da bossa nova aos 83 anos; pianista esteve no Ceará ainda em 2024
Grande nome do jazz e da bossa nova, Osmar Milito faleceu nesta segunda-feira, 23. A notícia foi divulgada no perfil oficial do músico, sem revelar a causa da morte.
“Com imenso pesar comunicamos o falecimento dele!”, escreveu a página na legenda que acompanhava a imagem de um panfleto funerário.
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Djavan, a quem Milito contratou como crooner de sua banda nos anos 1970, lamentou a morte do músico com vídeo mostrando um encontro dos dois em 2019.
“Brasil perdeu hoje um de seus mais importantes pianistas de jazz e bossa nova e um dos maiores incentivadores da carreira do Djavan”, escreveu na legenda do vídeo.
“Foi Osmar que contratou o Djavan para ser crooner de sua banda na boite 706, em Copacabana, quando ele chegou de Maceió nos anos 70. (...) Descanse em paz, Milito! Muito obrigado por tudo! Nossos sentimentos para toda a família e fãs desse grande artista!”, finalizou o cantor.
O artista estava ativo na cena desde 1964, quando lançou o disco "Flora Purim é M.P.M.", acompanhando a cantora Flora Purim. Ele ainda lançou uma discografia própria com discos como “E deixa o relógio andar” (1971) e “Nem paletó, nem gravata” (1973).
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Osmar Milito esteve em Fortaleza diversas vezes e chegou a colaborar com artistas cearenses como maestro Luciano Franco e o compositor e produtor Dalwton Moura, com quem gravou o EP “MilitoFrancoMoura”, lançado em 2021.
O músico chegou a vir ao Ceará ainda em 2024, para o Festival Jazz e Blues de Guaramiranga. Na ocasião, dividiu o palco com a hondurenha Indiana Nomma.
Em 2023, o artista fez um show gratuito na Capital onde se apresentou no Centro Cultural BNB com destaques da música cearense como Luciano Franco (contrabaixo), André Benedecti (bateria), Hermano Faltz (guitarra), Alex Moreira (trompete), Rogério Lima (violão) e o cantor Edinho Vilas Boas.
Conheça Osmar Milito
Nascido em São Paulo, Osmar Amílcar Milito começou a estudar piano aos 7 anos. Mas a carreira como músico só se desenvolveu aos 22 anos, quando o pianista se mudou para o Rio de Janeiro.
O paulistano colaborou com diversos nomes da MPB. Durante a década de 1960 tocou nos shows de artistas como Leny Andrade (1943-2023), Maria Bethânia, Nara Leão (1942–1989) e Sylvia Telles (1935–1966).
O músico trabalhou com Sergio Mendes, outro grande pianista brasileiro, na mesma época. Anos depois, de volta ao Brasil após uma passagem pelo México, Milito colaborou com Chico Buarque e Nana Caymmi no início da década de 1970.