Caso Sean Diddy: quem é o rapper acusado de tráfico sexual

Sean Diddy Combs enfrenta acusações graves de tráfico sexual e extorsão; confira quem é o rapper

22:59 | Set. 23, 2024

Por: Caynã Marques
Sean Diddy Combs foi preso após acusações de tráfico sexual (foto: Maria Alejandra CARDONA / AFP)

Sean "Diddy" Combs foi preso na última terça-feira, 17, e será julgado em um caso federal de tráfico sexual. Ele é acusado de praticar crimes sexuais por chantagem e atos de violência, além de conspiração, extorsão e tráfico sexual.

As acusações contra ele remontam a 2008. Ele é acusado de induzir vítimas femininas e profissionais do sexo masculino a participarem de performances sexuais sob o efeito de drogas, algumas das quais duravam dias, apelidadas de "Freak Offs".

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Os crimes vieram à tona no final de 2023. Combs enfrentou três processos de mulheres alegando abuso e agressão em uma semana, incluindo um de sua ex-parceira, Cassie Ventura.

Esse caso em particular foi resolvido um dia depois de ter sido arquivado, embora o advogado de Combs tenha afirmado que "não foi, de forma alguma, uma admissão de irregularidade". O representante do artista de hip-hop descreveu Combs como "um homem inocente sem nada a esconder".

Caso Sean Diddy: quem é o rapper

Sean "Diddy" Combs, de 54 anos, é um magnata da música americana e influente produtor de hip hop que ganhou fama nos anos 90.

Combs, também conhecido como Puff Daddy, P. Diddy e Diddy, destacou-se como empresário e produtor do rapper Notorious B.I.G. Ele venceu três prêmios Grammy e trabalhou com uma extensa lista de grandes nomes, incluindo Mariah Carey, Mary J. Blige, Usher e Justin Bieber.

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Seu álbum de estreia, No Way Out, vendeu sete milhões de cópias no mundo todo e incluiu "I'll Be Missing You", um tributo que ele escreveu após a morte de Notorious B.I.G. em 1997.

Ele também se interessou por moda, lançou um canal de TV e fez parcerias com uma grande empresa de bebidas.

Caso Sean Diddy: quais são as acusações?

Além de tráfico sexual, estupro coletivo e agressão, em fevereiro de 2024 Combs foi acusado de "aliciamento" pelo produtor musical Rodney Jones Jr., que entrou com um processo contra ele.

Alguns meses depois, o Departamento de Segurança Interna dos EUA invadiu as mansões de Diddy em Los Angeles e na Flórida.

A Associated Press relatou que as propriedades foram revistadas "como parte de uma investigação em andamento sobre tráfico sexual". Não estava claro, naquele momento, se Combs era o alvo da investigação, mas a batida policial desencadeou muita especulação sobre seu paradeiro.

Documentos judiciais agora mostram que as autoridades encontraram drogas, mil frascos de óleo de bebê e lubrificante, além de rifles AR-15 com números de série desfigurados.

Caso Sean Diddy: prisão

Na semana passada, Combs foi preso em um hotel de Manhattan, EUA, e levado sob custódia. Ele foi acusado de três crimes de tráfico sexual, transporte para se envolver em prostituição e extorsão.

A Reuters relatou que os promotores acusaram Combs de administrar uma organização criminosa para facilitar sua exploração de mulheres, com atividades datando de pelo menos 16 anos.

De acordo com a acusação criminal federal de 14 páginas contra Combs, o rapper era responsável por coordenar festas sexuais de vários dias, conhecidas entre os participantes como "Freak Offs".

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Enquanto os advogados de defesa de Combs tentavam libertá-lo mediante uma fiança de 50 milhões de dólares, os promotores disseram ao juiz que Combs era "extremamente perigoso para a comunidade". Ele permanece sob custódia aguardando julgamento.

Caso Sean Diddy: próximos passos

Nos próximos meses, um júri em Manhattan terá que decidir qual versão dos eventos das festas de "Freak Offs" é mais confiável.

Até lá, é provável que Combs permaneça na prisão federal no Brooklyn, pois sua fiança foi negada. O juiz declarou que o rapper representava um risco de adulteração de testemunhas e um perigo para a comunidade enquanto aguardava seu julgamento por tráfico sexual e conspiração de extorsão.

Os promotores disseram ao tribunal na semana passada que possuem uma "quantidade enorme" de evidências, incluindo testemunhos, fotos, vídeos e mensagens de texto.