Com novo repertório, Marimbanda celebra 25 anos em show gratuito

Grupo instrumental cearense Marimbanda celebra 25 anos de carreira com show e oficina na capital; além do lançamento do álbum

O grupo instrumental Marimbanda realiza apresentação nesta sexta-feira, 20, a partir das 19 horas, no Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB). O grupo musical, conhecido por misturar diferentes sonoridades em suas composições que passam pelo Baião, Samba e Funk, faz show de estreia da nova turnê, que apresenta o álbum “Lindo Sol”.

No repertório do projeto, sete novas canções do músico Luizinho Duarte (1954 - 2022), multi-instrumentista que idealizou o coletivo. O álbum é a estreia em disco dos novos integrantes: o baixista Netinho de Sá e o baterista Michael Silva.

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Os dois se unem a Thiago Almeida, no piano e nos arranjos, e Heriberto Porto, nas flautas.

“A minha forma de tocar a bateria já é algo que explora bastante diferentes timbres que o instrumento tem a oferecer. Eu trago isso pro meu som, pro som da Marimbanda. essas diferentes cores percussivas, mas todas extraindo da própria bateria. Você vai ouvir um som que vai te lembrar uma zabumba ali, mas tudo na bateria”, antecipa Michael Silva sobre a sonoridade do novo repertório.

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Para Heriberto Porto, é fundamental que a atual fase do grupo seja homenageando o fundador do grupo. “Luizinho Duarte foi e é o coração da Marimbanda. Como fundador e principal compositor, ele formou e consolidou o som da Marimbanda como compositor, como baterista e mestre ali, na prática, de conjunto”, conta.

Ainda sobre a influência de Luizinho Duarte na consolidação da Marimbanda, Heriberto conta do processo de escolha do vasto acervo musical que o artista deixou e que se encontra no novo álbum.

“Para esse disco, o desafio foi escolher dentre mais de 500 músicas, mas, depois dessa contagem, ele fez ainda muitas músicas. Então, o desafio foi estar diante de um acervo tão grande e escolher sete músicas”, divide.

“Teve uma escolha que foi emotiva, de músicas que a gente tocava com ele, que a gente tinha tocado recentemente como ‘Lindo Sol’, mas também músicas que a gente resgatou lá do começo da Marimbanda, em 1999, que nunca tinha sido tocada em público, que a gente vai tocar pela primeira vez, como ‘Lago das Pedras’, é bem do começo do grupo. Então ele será sempre homenageado”, completa Heriberto.

O flautista e baterista também destacam alguns dos desafios encontrados pela Marimbanda, se tratando de um grupo musical independente que está em atividade há 25 anos.

“Os desafios de um grupo independente são alguns: o de conciliar a correria individual de cada integrante para estar junto ali no momento que ainda se está na fase de construção, (desafio) de investimento, de tempo, principalmente agora, que a gente está numa fase de transição ainda”, conta Michael.

O músico completa, listando outros pontos: “O mercado, o jeito de trabalhar, de lidar com o dinheiro digital, com rede social, que hoje a gente precisa estar ali numa presença que, às vezes, acaba ficando muito puxado. Tem que gravar vídeo, tem que estar no ensaio, tem que gravar, fazer uma coisa ali e tal, mas o grupo tá aí há 25 anos”, reforça.

“A gente sente falta de mais espaço para a música, aqui em Fortaleza e no Ceará. Temos os festivais que, felizmente, acontecem, festivais como o de Guaramiranga, como o de Jericoacoara, mas a gente sente falta de mais espaço para a música nos lugares institucionais, centros culturais, teatros como o Theatro José de Alencar.”, conclui Heriberto.

Ainda para a apresentação que ocorrerá na sexta, os integrantes da Marimbanda preparam um momento de acolhimento e roda de conversa com pessoas com deficiência que estarão presentes no evento. O momento, que acontece antes do show, tem como intuito a apresentação dos instrumentos para o público em questão e a ambientação de onde será executado o concerto.

“É uma forma que eu considero ainda tímida, que não está aperfeiçoada, mas uma maneira da gente incluir pessoas com deficiência dando acesso. As pessoas que têm deficiência visual vão poder ter um contato com os instrumentos, um contato sonoro e tátil. As pessoas com deficiências auditivas vão poder sentir os instrumentos, a vibração. Sentir a música, porque a música tem esse lado físico das ondas sonoras que chegam de uma forma muito especial nas pessoas com deficiência auditiva.”, afirma Heriberto.

“A importância desse momento é a gente saber dessas pessoas como deixar acessível, como chegar mais perto, e como a gente aprende também. Porque são muitas questões, como as necessidades de tornar acessível para a maioria das pessoas. E aí é importante a gente aprender com essas pessoas, ouvir delas, como a gente trabalha junto. A gente comunica, né? Então a importância é a gente saber como comunicar.”, completa Michael.

No sábado, os integrantes do grupo também preparam uma oficina no Centro Cultural Banco do Nordeste de práticas de conjunto, criação e improvisação musical. Este projeto é uma realização do Governo Federal “União e Reconstrução”, por meio do Ministério da Cultura e da Lei de Incentivo à Cultura Lei Rouanet, e tem patrocínio do Banco do Nordeste.

Marimbanda em apresentação da nova turnê dos 25 anos do grupo

Quando: Sexta, 20 de setembro, às 19 horas

Onde: Centro Cultural Banco do Nordeste (Rua Conde d'Eu, 560 - Centro)

Programação gratuita

Oficina de práticas de conjunto, criação e improvisação musical

Quando: sábado, 21 de setembro, às 9 horas

Onde: Centro Cultural Banco do Nordeste (Rua Conde d'Eu, 560 - Centro)

Programação gratuita

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