Sean Diddy Combs é acusado de tráfico sexual e associação ilícita

Após uma série de acusações que remontam há décadas passadas, Sean Diddy Combs é acusado de de tráfico sexual, associação ilícita e promoção da prostituição em Nova York

Sean “Diddy” Combs foi acusado de tráfico sexual, associação ilícita e promoção da prostituição, anunciou a Promotoria de Nova York. De acordo com seu advogado, o artista se declarará inocente durante sua acusação em um tribunal de Nova York.

“Durante décadas”, Sean Combs "abusou, ameaçou e coagiu mulheres e outras pessoas ao seu redor para satisfazer seus desejos sexuais, proteger sua reputação e ocultar suas ações", diz o documento da acusação, que o acusa de usar seu "império" musical para atingir seus objetivos.

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Combs deve comparecer perante ao juiz nesta terça-feira, 17, para ouvir as acusações. Seu advogado, Marc Agnifilo, disse, antes de as acusações serem divulgadas, que seu cliente “é inocente”.

O rapper “vai lutar com toda a sua energia e toda a sua força” para provar sua inocência, disse Agnifilo aos repórteres reunidos do lado de fora do tribunal do sul de Manhattan.

Combs é alvo de vários processos civis que o descrevem como um predador sexual violento que usava álcool e drogas para subjugar suas vítimas. Em março, suas casas de luxo em Miami e Los Angeles foram revistadas por agentes federais.

Histórico de agressões

Esse poderoso magnata do setor musical, também conhecido como Puff Daddy e P Diddy, é considerado o arquiteto da transformação da música hip-hop das ruas para a cena dos clubes.

Ao longo das décadas, ele acumulou uma grande fortuna, principalmente por meio de seus empreendimentos no setor de bebidas alcoólicas.

No entanto, apesar de seus esforços para cultivar uma imagem de rei das festas e magnata dos negócios, uma série de processos judiciais o retratam como um homem violento que usou sua fama para se aproveitar das mulheres.

Embora não tenha nenhuma condenação grave, ele é acusado há muito tempo de agressões físicas, que remontam à década de 1990.

As portas se abriram no final do ano passado quando a cantora Cassie, cujo nome verdadeiro é Casandra Ventura, denunciou que Combs a submeteu por mais de uma década a coerção física e drogas, além de estupro em 2018.

O casal se conheceu quando Ventura tinha 19 anos e Combs tinha 37. Combs a contratou para sua gravadora e eles começaram um relacionamento.

O processo foi rapidamente resolvido fora do tribunal, mas uma série de denúncias de agressão sexual se seguiu, incluindo uma apresentada em dezembro por uma mulher que alegou que Combs e outros a estupraram em grupo quando ela tinha 17 anos.

Em maio, surgiu um vídeo de uma câmera de segurança de um hotel que mostrava Combs agredindo fisicamente Ventura, corroborando suas denúncias.

Fama manchada

Combs já assinou vários contratos importantes e colaborou na produção de artistas como Mary J Blige, Usher, Lil' Kim, TLC, Mariah Carey e Boyz II Men.

Ele também foi vencedor do Grammy, estreando com o single “Can't Nobody Hold Me Down” e seu álbum “No Way Out”.

O rapper forjou uma imagem de um galanteador impetuoso e arrogante, um grande produtor que também se aventurou em Hollywood, em reality shows e na moda, além de ter se envolvido romanticamente com Jennifer Lopez, entre outros. (Maggy Donaldson/ AFP)

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