Causa real da morte de Sinead O'Connor é revelada após um ano

Cantora e compositora irlandesa Sinead O'Connor morreu em julho de 2023; causa da morte foi revelada por jornal irlandês que teve acesso ao atestado de óbito

09:52 | Jul. 29, 2024

Por: Miguel Araujo
Cantora e compositora irlandesa Sinead O'Connor despontou na indústria fonográfica com a música Nothing Compares 2 U (foto: Jason Kempin/AFP)

Um ano após o seu falecimento, a cantora e compositora Sinead O’Connor teve a causa de sua morte revelada. A artista morreu aos 56 anos por asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), doença pulmonar que obstrui as vias aéreas e torna a respiração difícil.

A irlandesa também enfrentou uma infecção no trato respiratório, o que culminou em sua morte. A informação foi divulgada pelo jornal irlandês Irish Independent, que teve acesso ao atestado de óbito de Sinead O’Connor.

Segundo o veículo, a causa da morte da cantora, registrada por seu marido em Londres na última semana, foi descrita no atestado como “exacerbação de doença pulmonar obstrutiva crônica e asma brônquica juntamente com infecção do trato respiratório inferior de baixo grau”.

Em janeiro, havia sido informado que ela teria morrido por “causas naturais”. O corpo da irlandesa foi encontrado em seu apartamento em 26 de julho de 2023. Ela morreu um ano e meio depois do falecimento de seu filho, Shane, que tinha apenas 17 anos.

Sinead O'Connor: Homenagens e trajetória conturbada

A morte de Sinead O'Connor provocou uma série de homenagens na Irlanda e em todo o mundo. A cantora foi enterrada perto de Dublin, após um cortejo fúnebre em frente ao calçadão de Bray, uma pequena cidade ao sul da capital, onde viveu durante 15 anos.

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O'Connor, que, em 2018, anunciou sua conversão ao Islã, teve sua carreira recheada com uma série de polêmicas. A artista contou que sofreu maus-tratos de sua mãe durante sua infância, e criticou energicamente a Igreja Católica, a qual acusava de não ter protegido as crianças vítimas de abusos sexuais por parte de religiosos.

Em 1992, diante das câmeras de uma emissora americana, rasgou um retrato do papa João Paulo II. Sete anos depois, protagonizou outra polêmica quando uma Igreja irlandesa dissidente a ordenou sacerdotisa.

Ela estava terminando seu último álbum, analisando datas para uma nova turnê em 2024 e considerava oportunidades para fazer uma adaptação cinematográfica de seu livro autobiográfico publicado em 2021, "Rememberings".