Dramaturgo Luiz Marinho é homenageado em exposição no Recife

Exposição "Luiz Marinho: um resgate do autor que veio da mata" fica em cartaz no Recife até o fim de julho

Um dos grandes nomes da dramaturgia nordestina, o pernambucano Luiz Marinho Falcão Filho (1926-2002) tem sua vida e trajetória celebrada em exposição no Teatro Hermilo Borba Filho, no Recife.

Aberta no início de julho, a mostra “Luiz Marinho: um resgate do autor que veio da mata” fica em cartaz na capital pernambucana até a próxima quarta-feira, 31.

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O autor é reconhecido por seus textos teatrais, como “As três Graças”, “A Promessa”, “A Estrada”, “A família Ratoplan”, “Um sábado em 30”, “O último trem para os igarapés” e outras obras que abordam tradições regionais, opressões na sociedade e conflitos de classes.

Natural de Timbaúba, na zona da mata de Pernambuco, Luiz Marinho era de ancestralidade indígena e cultuava a Jurema, religião que promove rituais espirituais.

Durante sua trajetória, foi membro da Academia Pernambucana de Letras (APL), sendo o primeiro juremeiro a ocupar uma cadeira na instituição.

Em sua carreira, foi agraciado com prêmios da Academia Brasileira de Letras, Governador do Estado da Guanabara, Festival Nacional de Teatro de Estudantes e União Brasileira de Escritores, além do Molière, considerado o “Oscar do teatro brasileiro”.

“Quando se escreve sobre Marinho, existe um enfoque muito grande nas obras e menos no sujeito. Assim, criou-se uma lacuna muito grande para entender que sujeito é esse que escreve. A racialidade e o território possuem uma grande importância para entendermos quem é que está escrevendo”, comenta Henrique Falcão, curador da exposição, ao Jornal do Commercio.

Com relevância comprovada no teatro nacional, a exposição “Luiz Marinho: um resgate do autor que veio da mata”, no entanto, reúne mais do que os textos do dramaturgo pernambucano, como também cartazes, fotografias, comendas e materiais de cunho pessoal e das obras.

Exposição “Luiz Marinho: um resgate do autor que veio da mata”

  • Quando: até quarta-feira, 31 de julho
  • Visitação: de terça-feira a domingo, das 10 horas às 17 horas
  • Onde: Teatro Hermilo Borba Filho (Cais do Apolo, 142 - Recife)
  • Gratuito

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