Morre Clodo Ferreira, músico e autor de 'Revelação', aos 72 anos

O músico Clodo Ferreira morreu nesta terça-feira, 16, aos 72 anos de idade. A informação foi confirmada pelo Correio Braziliense, que detalhou que o artista piauiense estava internado no Hospital Brasília para tratamento de câncer.

Nascido em 30 de julho de 1951, em Teresina, no Piauí, Clodomir Souza Ferreira, conhecido como Clodo, se mudou com a família para Brasília em 1965, onde deu início à trajetória musical ao lado de seus irmãos Clésio e Climério.

Compositor e instrumentista, o artista teve sua estreia marcada pela canção autoral “Ao entardecer” (1968), em parceria com Clésio. Logo formou um trio musical com os irmãos e se apresentaram nas noites da capital federal.

No ano de 1974, lançou com Climério e Malú Moraes o álbum “Chope no escuro”, que trazia as músicas “Ave estrangeira”, “Prosa e verso” e “Rua São João”, faixas compostas por Clodo.

Clodo Ferreira firmou parcerias musicais com os cearenses Rodger Rogério e Fagner

Em 1976, o músico se mudou para São Paulo, onde ficou hospedado na residência dos cearenses Téti e Rodger Rogério, no qual teve contato com o Pessoal do Ceará.

Na amizade com os artistas cearenses, Clodo compôs diversas canções com Rodger, destacando “Ponta do lápis”, música que chegou a ser gravada por Fagner e Ney Matogrosso.

Iniciando uma longa parceria com Fagner, o cearense gravou várias músicas compostas por Clodo, como: “Corda de aço”, “Cebola cortada”, “Revelação”, “Ave coração”, “Promessa” e “Oferenda”.

Clodo Ferreira também teve suas composições gravadas na voz de Amelinha, Ângela Maria, Dominguinhos, Fafá de Belém, Milton Nascimento, MPB-4, Nara Leão, Teti, Zizi Possi e outros.

Fora da cena musical, Clodo era poeta e professor da Faculdade de Comunicação (FAC), na Universidade de Brasília (UnB), ministrando a disciplina de "Comunicação e Música e Criatividade".