Com ótimos som e imagem, 'Destiny 2' chega ao fim em pleno auge

"Destiny 2: A Forma Final" é mais do que a oitava DLC de sua série. Ele marca o encerramento de uma saga que vem construindo uma narrativa com bem mais acertos do que erros desde 2014. O jogo é um testemunho da jornada da Bungie com a franquia Destiny, oferecendo uma conclusão merecidamente épica para o confronto entre Luz e Escuridão. A expansão não só encerra a história de forma emocionante e dramática, mas também redefine a experiência de jogo em Destiny 2 com mecânicas aprimoradas e mapas com designs inovadores, surpreendendo os fãs do título. "A Forma Final" traz um equilíbrio interessante entre desafio e acessibilidade. A nova subclasse Prismática se traduz como uma mistura de habilidades de Luz e Escuridão, oferecendo uma camada adicional de estratégia e versatilidade ao configurar o estilo de jogo do seu Guardião.

Visualmente, o jogo é um espetáculo. Desde as paisagens fractais dentro da área Coração Pálido até os ambientes externos marcados pela guerra entre as forças da Luz e da Escuridão, a direção de arte está impecável e contribui significativamente para a imersão e para um aproveitamento maior do enredo contado nessa expansão. A qualidade gráfica mantém o jogador engajado, com detalhes ricos e uma paleta de cores que reflete o tom sombrio e épico da narrativa.

Outro ponto igualmente emocionante em "A Forma Final" é, sem dúvida, sua trilha sonora. O som não só complementa a ambiência do capítulo final do jogo como enriquece a atmosfera tensa de Destiny 2 em seus ritos finais. Os efeitos sonoros dos novos tipos de inimigos, os Dread, e as vozes dos personagens principais, agora com Keith David como Zavala, são claros e impactantes, elevando a dramaticidade dos confrontos e das revelações da trama.

Destiny sempre se destacou por seu enredo, um aspecto frequentemente avaliado com rigor em suas expansões. Em "A Forma Final", a narrativa se destaca como um dos pontos fortes, trazendo personagens bem desenvolvidos e uma história cativante. A volta de Cayde-6 e a interação com o Corvo enriquecem a trama, lembrando títulos como "Quantum Break", onde o destino dos personagens está profundamente entrelaçado com a mecânica do jogo. A história consegue ser tanto íntima quanto grandiosa, um feito impressionante para uma série tão duradoura.

A rejogabilidade dessa expansão é robusta, incentivada tanto pelo novo sistema de episódios que substitui o modelo de passe de temporada quanto pela natureza expansiva das novas mecânicas e classes. A campanha principal de "A Forma Final" e as atividades associadas oferecem horas de conteúdo que valem o investimento de tempo e dinheiro de quem deseja conferir o desfecho da saga criada pelos desenvolvedores, especialmente para aqueles que querem explorar todas as nuances da nova subclasse e enfrentar todos os desafios disponíveis no conteúdo.

"Destiny 2: A Forma Final" é uma conclusão digna e uma carta de amor para os fãs da série, entregando uma experiência que celebra e conclui uma década de aventuras intergalácticas com maestria.

Davi Rocha é integrante do canal de Youtube Bacontástico