Dia Mundial do Vinho Rosé: conheça a produção e saiba qual escolher

Popularizado na cidade francesa de Provença, o vinho rosé possui data própria no mês de junho e versatilidade na hora de sua harmonização

Com o destaque do Brasil no consumo de vinhos — um aumento de 11,6% em 2023, comparado ao ano anterior* —, a curiosidade sobre a bebida que conquista o paladar do brasileiro pode se voltar a um de seus tipos: o vinho rosé.

A cor rosada apresenta alternativas, como tons de laranja pálido ou pêssego, além de um roxo vívido. As diferenças dependem das variedades de uvas utilizadas e das técnicas usadas na vinificação, segundo informe da Wine International Association (WIA).

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Na quarta sexta-feira de junho, o rosé ganha destaque com uma data própria: o Dia Mundial do Vinho Rosé. Em 2024, as celebrações acontecem no dia 28 de junho.

Quer saber mais sobre a bebida? Confira suas técnicas de produção e os alimentos que harmonizam com o rosé.

De Galvão Bueno a Jay-Z: VEJA 8 famosos com sua própria marca de vinho

Vinho rosé: origem da data

Acredita-se que a data foi escolhida pela francesa Valérie Rousselle, proprietária dos Châteaux Roubine e Sainte Béatrice, em Provença, na França. A cidade é conhecida pela popularização do vinho rosé.

Começando em 22 de junho de 2018, toda quarta sexta-feira do mês de junho se tornou um dia para celebrar a produção do rosé ao redor do mundo.

Vinho rosé: como é produzido?

“Existem três métodos de produção”, esclarece a colunista do OP + Marbênia Gonçalves, sommelière de vinhos e cerveja pela Associação Brasileira de Sommelier e Association de la Sommellerie Internationale (ASI). “O enólogo escolhe de acordo com o estilo de rosé que ele quer produzir”.

Isso inclui, destaca Marbênia, “desde os mais jovens e prontos para beber, até os estilos de rosé que permitem uma guarda e envelhecimento”.

Conheça os três métodos de produção do rosé, explicados pela sommelière.

Vinho rosé: prensa direta

O produtor prensa a uva tinta, e o mosto (suco) da uva terá um contato limitado com a pele, por volta de 1 a 4 horas, gerando vinhos de cores mais claras. Em seguida, este mosto passa pela fermentação, gerando vinhos de cores mais claras.

Vinho rosé: signé ou sangria

No processo há uma maceração curta, na qual as uvas tintas são esmagadas e deixadas macerando para extrair sabor e cor. Por volta de 12 a 16 horas, a casca da uva é excluída e se deve fermentar à baixa temperatura

Vinho rosé: corte (ou blend, assemblage ou lotação)

Neste caso há uma mistura de um vinho branco com um vinho tinto. O processo ainda é muito usado na produção dos Champagnes Rosés.

Vinho rosé: seco ou doce?

“A diferença está no teor de açúcar do vinho”, começa Marbênia. “Na legislação brasileira, o vinho seco tem até quatro gramas de açúcar por litro de vinho, e o vinho doce ou suave tem de 25,1 até 80 gramas de açúcar por litro”

No vinho doce, considera a sommelière, a percepção do açúcar residual é considerável. “O teor de açúcar será definido pelo enólogo na produção do vinho. O açúcar residual de um vinho doce é uma escolha do estilo do vinho que se quer produzir, é o açúcar natural da uva”, completa.

Vinho rosé: harmonização com alimentos

A sommelière destaca que a harmonização do rosé é versátil, considerando “o cuidado de combinar os rosés leves com alimentos mais leves, e os rosés mais estruturados com comidas da mesma estrutura”.

“Ele é ideal em encontros ou refeições onde as pessoas querem escolher um único rótulo e estão provando vários tipos de pratos mais leves ou de estrutura mediana, tais como: massas, saladas, aves, peixes, filé mignon. Ele funciona como um coringa na harmonização”, completa.

Marbênia explica que um rosé leve tende a harmonizar bem com embutidos, peixes, crustáceos e saladas. Já o rosé mais estruturado vai ficar bem com cordeiro, comida oriental ou nordestina bem temperadas, e especiarias.

“Espumantes rosés têm boa sinergia com massas com molhos de queijo, codorna, lagostas, empanadas, legumes grelhados ou assados, e queijos cremosos, burrata com pesto e tomate confit”, indica.

Vinho rosé: como escolher o ideal?

Para quem deseja escolher uma boa bebida, Marbênia Gonçalves indica o vinho Rosé da Vinícola Miolo. “Tem uma relação custo-qualidade bem interessante e agrada a muitos consumidores, desde o iniciante até o sommelier”, explica.

Em seu portal, a Vinícola Miolo apresenta a sua "Seleção Cabernet Sauvignon & Tempranillo Rosé / 750ml" por R$ 40,90. Já o "Vinho Almadén Rosé Cabernet Suave 2023 / 750ml" pode ser encontrado por R$ 26,90.

Enofilia: VEJA 7 dicas de lojas para comprar vinhos e acessórios em Fortaleza

*Relatório "State of the World Vine and Wine Sector in 2023" da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV)

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar