Gilberto Gil sobre uso de maconha: "É cada vez menos frequente"
Completando 82 anos nesta quarta-feira, 26, o artista falou sobre sua trajetória com o uso de drogas ao longo da carreira e a relação com maconha atualmente
11:08 | Jun. 26, 2024
Em comemoração aos 82 anos de Gilberto Gil, que aniversaria nesta quarta-feira, 26, a revista Breez publicou uma entrevista exclusiva com o artista, que detalha sobre seu uso de substâncias ao longo da carreira e o consumo atual de cannabis.
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“Eu tinha vontades novas na vida, queria descobrir coisas e, para isso, me juntar àqueles que praticavam coisas com as quais eu tinha um mínimo de identificação, de atração. Dentre os hábitos da minha geração, um deles era as experiências com expansores de estados de consciência, então eu acho que tava de acordo, compatível com um momento da vida, a minha idade, o meu impulso daquele momento”, conta Gil.
Uso de substâncias
O baiano discorre ainda sobre suas experiências, que eram vividas e pautadas de acordo com o momento que vivia. Na entrevista, ele fala de inúmeras substâncias que experimentou durante sua carreira.
“Foi natural na minha vida que eu tivesse aqueles impulsos e desejos que me levavam àqueles hábitos e práticas. Durante muitos anos, experimentei a cannabis, o peiote, o ácido lisérgico, a ayahuasca, experimentei vários transformadores, expansores de consciência porque, afinal de contas, estavam na pauta”, narra.
Ele complementa: “Eram coisas pautadas pelo meu povo, pela minha geração, pelos meus iguais, pelos meus colegas”.
Uso de maconha
Em relação à maconha, Gil afirma que está “cansado”, mas não abandonou completamente o uso da erva: “É cada vez menos frequente. Eu não tenho nenhum impulso, nenhuma vontade de forçar os processos de transformação da realidade através de situações mentais porque não tenho vontade disso, não tenho mais”.
“Não tenho, inclusive, energia suficiente para isso. Com o envelhecimento, com a idade, essas coisas ficam mais difíceis(...) Ficar quieto já é muito difícil (risos)”, finaliza.