Livro de Ziraldo, ‘O menino marrom’ é censurado em Minas Gerais

Livro de Ziraldo, "O menino marrom", é censurado em Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais, por conter cenas violentas

“O Menino Marrom”, livro de Ziraldo, que aborda diversidade racial, foi proibido de ser usado em atividades escolares em Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais. A censura aconteceu após pais de crianças terem apontado conteúdo violento na obra.

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A trama acompanha dois meninos, um negro e um branco, que estão tentando entender as cores. Juntos, os dois buscam aprender a diferença entre o que é preto e branco. Porém, os pais indicaram que a narrativa induz as crianças à “maldade”.

Trecho considerado problemático

Um dos trechos considerado como violentos de “O Menino Marrom”, pelos pais em Conselheiro Lafaiete, mostra um possível pacto de sangue entre os garotos, que não se conclui.

"'Temos que fazer o pacto de sangue!'. Um deles foi até a cozinha buscar uma faca de ponta para furar os pulsos", diz o trecho. 

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Os protagonistas decidem usar tinta azul no lugar do sangue: "Ficaram os dois com as pontas do fura bolos cheias de tinta azul."

A prefeitura da cidade mineira disse em nota publicada nas redes sociais, que o livro de Ziraldo "é um recurso valioso na educação, pois promove discussões importantes sobre respeito às diferenças e igualdade" e "aborda de forma sensível e poética temas como diversidade racial, preconceito e amizade".

Contudo, "diante das diversas manifestações e divergência de opiniões", a Secretaria Municipal de Educação requisitou a suspensão temporária das atividades realizadas sobre a obra, "a fim de melhor readequação da abordagem pedagógica, evitando assim interpretações equivocadas".

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