Hellblade 2 acerta com boa história e muita qualidade técnica
Jogo traz bela experiência gráfica e um enredo envolvente na Islândia Viking; "Hellblade II" está disponível para Xbox Series X|S e PCEm meio a muitos jogos que seguem uma linha menos criativa, certas obras se destacam pela qualidade e pela ideia de proporcionar uma experiência diferente. É esse o caso de Hellblade II, uma história épica que tem traços cinematográficos e foi lançada no dia 21 de maio.
Desenvolvido pela Ninja Theory e publicado pela Xbox Game Studios, “Senua's Saga: Hellblade II” continua uma história iniciada em 2017 ao expandir seu universo, seus personagens e a sua capacidade gráfica.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
O título está disponível para Xbox Series X|S e PC (Steam e Microsoft Store), com lançamento direto no serviço de assinatura Game Pass. Além disso, é possível jogar pelo Xbox Cloud Gaming, que roda a partir de uma conexão estável à internet.
“Hellblade II”: a história de Senua
No primeiro jogo (Hellblade: Senua's Sacrifice), a guerreira celta Senua é atormentada pelas vozes na sua cabeça (chamadas de Fúrias) e, após a morte de Dillion, seu amado, ela parte em uma jornada para resgatar a alma dele. Depois de batalhar contra Hela, deusa dos mortos, Senua acaba aceitando a dor da perda.
A sequência, algum tempo depois, se inicia em um navio de escravos no qual Senua está infiltrada buscando vingança. Ao longo do percurso, ela conhece personagens e descobre sua habilidade de ajudar vilarejos contra gigantes que os atormentam.
É uma história imersiva e forte, que sabe lidar com temas pesados e com a representação da saúde mental - a psicose de Senua e os vários conflitos que a perseguem. A narrativa se aprofunda na jornada transformadora da protagonista, do mundo e de quem está ao seu redor.
A jogabilidade em “Hellblade II”
O combate em Hellblade II consiste em golpes leves e pesados, esquivas e bloqueios. Acumulando os golpes, há como utilizar o foco e ter uma vantagem contra os adversários. É um combate pesado, obrigando o jogador a entender os padrões para atacar e ter sucesso. Fora isso, não há grande variação.
Ao progredir pelos cenários, surgem alguns quebra-cabeças que envolvem encontrar símbolos e alterar a perspectiva do local. Os enigmas começam a ficar um pouco repetitivos conforme são apresentados, mas não é algo que atrapalha.
Existem colecionáveis espalhados pelos cenários em curtos caminhos alternativos: Pedras da Sabedoria e Rostos Escondidos. Nenhum é perdível, pois há seleção de capítulos. No geral, o jogo é linear e não tem as famosas missões secundárias.
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Aspectos técnicos de “Hellblade II”
Ao apresentar a Islândia Viking por volta do século X, Hellblade II faz uso da Unreal Engine 5 (motor gráfico) e entrega uma das melhores experiências gráficas dessa geração de videogames. Senua é brilhantemente interpretada pela atriz alemã Melina Juergens.
No Xbox Cloud Gaming, mesmo perdendo texturas, a performance é boa. A iluminação e os reflexos são pontos altos, compondo a beleza dos ambientes abertos e a sensação claustrofóbica em partes fechadas. Falando de FPS (taxa de quadros por segundo), a obra roda em 30 nos consoles e pode atingir mais no PC.
Os efeitos sonoros estão entre os melhores dos últimos anos. Indo das músicas aos sons de fundo, o áudio binaural traz múltiplas falas das Fúrias na mente da protagonista - fones de ouvido são indispensáveis. O título não tem dublagem em português, mas traz legendas competentes.
O que esperar de “Hellblade II”?
Hellblade II é um jogo que não agrada a todos os públicos por conta de sua proposta contemplativa e cinematográfica. No entanto, dentro do que busca executar, a obra é extremamente competente e imersiva.
Ao trazer uma história que passa por temas como psicose, violência, afogamento e morte, o título desenha bem seu enredo, foge dos clichês e entrega algo que se destaca no cenário atual, mesmo durando apenas entre seis e oito horas.
Pelas ideias e a qualidade final, nota-se que esse é um dos melhores lançamentos exclusivos da Microsoft. A experiência vale muito a pena para assinantes do Game Pass, que podem jogar no console ou em outro dispositivo utilizando o streaming pela nuvem.
Pontos positivos
- História envolvente
- Gráficos incríveis
- Composição dos ambientes
- Efeitos sonoros
- Iluminação e reflexos
Pontos negativos
- Pouca variação no combate
- Quebra-cabeças podem ser repetitivos
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